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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Assim na terra como no céu! I e II

Assim na terra como no céu! (I)



Pe. David Francisquini

Muitos leitores já se terão talvez perguntado sobre as repercussões na vida do homem e da sociedade de um dado regime político. Da monarquia, aristocracia ou democracia, por exemplo. Se tal influência existe, ela deverá também existir num regime totalitário, materialista e igualitário, negador do direito natural e divino.
Com efeito, o Estado exerce uma grande e contínua influência pedagógica sobre a população. Esta será boa se seus dirigentes na sua conduta pessoal derem bons exemplos e elaborarem leis gerais condizentes com essa conduta; e será má caso suceda o contrário.
Um povo cujos dirigentes negam a existência de Deus, do céu e do inferno e procuram estabelecer a negação sistemática dos mandamentos da Lei de Deus, tende para o caos e a desordem, o morticínio e a violência, a bebedeira e o preternatural. É o que constatamos na maioria das nações do mundo de hoje, incluindo o Brasil.

Assim como nas plantas existe o fenômeno do heliotropismo, que é a busca da luz solar, há no homem um movimento natural e possante que poderíamos chamar de Teotropismo, que é a busca de Deus. Por ser essencialmente religioso, o homem tende para Deus.

Seu fim é conhecer, amar e servir a Deus neste mundo, e depois da morte contemplá-Lo face a face no Céu, no gozo da felicidade eterna. E a Igreja Católica Apostólica Romana, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, é o instrumento necessário para a salvação, pelo fato de dispor de todos os meios para o homem alcançar o fim último que é Deus.
Sobre isto especificamente, tratarei no próximo artigo.





Assim na terra como no céu! (II)


Pe. David Francisquini


A doutrina, os ensinamentos e os sacramentos da Igreja Católica elevam o homem à vida sobrenatural e o fazem conhecer as verdades da Fé. À Igreja cabe civilizar a humanidade, tornando a mensagem do Evangelho presente na arte, na música, na arquitetura, na escultura, na pintura, no desenvolvimento econômico, social, político, jurídico, nas ciências naturais e humanas.
Ela propicia assim o ambiente para que o homem desenvolva seus talentos e as sociedades rumem à perfeição, obtendo o grau de felicidade possível neste vale de lágrimas, antecipação do gozo do Céu. Ainda se pode notar muita coisa disso no continente europeu, cujos alicerces foram profundamente marcados pelos sinais da Fé católica.
De outro lado, devido ao pecado original, existe no homem uma tendência arraigada que o propende para o vício, agravada pelas quedas no pecado e pelas tentações provocadas pelo demônio. O homem tem sede de absurdo e de pecado, por ter sido sua natureza vulnerada pelo pecado de soberba e de desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva.
Um regime comunista – como o da antiga Cortina de Ferro, da China, de Cuba ou do neocomunismo bolivariano de Chávez para as Américas –, poderia ser classificado como aquele cujas leis e costumes são feitos de molde a impulsionar em toda a medida do possível os efeitos do pecado original na sociedade, impedindo qualquer bom movimento dela em direção a Deus.

Tais regimes promovem perseguição religiosa, procuram por todos os meios a extinção da Fé, levam os homens à blasfêmia e criam obstáculos para a normal e pacífica celebração do culto, ademais de espalhar toda sorte de vícios, visando ao completo desregramento dos homens. Por isso, tais regimes antinaturais e anticristãos surgem e se mantêm pela força.

Sua conseqüência? – A barbárie traduzida na decadência, na preguiça, no caos mental, na violência, na loucura, no suicídio, na bebedeira, no autoritarismo, nas injustiças de toda ordem, na pobreza, na miséria, na sujeira. Nada funciona e as doenças proliferam. Há fome, guerras, rebeliões, massacres, campos de concentração.
São regimes cuja missão é construir uma sociedade inteiramente oposta aos Dez Mandamentos. Rejeitam a propriedade privada, invadem a esfera privada do indivíduo e da família, propagam o amor livre e toda sorte de vícios para a completa dissolução da família. Grassam a opressão e a miséria. A terra se transforma numa imagem do inferno.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Deus não pode blefar!

Deus não pode blefar!



Pe. David Francisquini

Em artigo anterior escrevi sobre Gramsci, o comunista que ensinou a seus companheiros o caminho para quebrar a resistência das almas, e só depois dessa indispensável ação demolidora implantar-se-ia o regime antinatural que pregava.

Ao teorizar sobre o que ele chamou de ‘senso comum’ na sociedade organizada, ou seja, o conjunto de valores, hábitos culturais, religiosos, sociais e mentais que dominam o ambiente onde a pessoa nasce e vive, encontrou ele diabolicamente o calcanhar de Aquiles da opinião pública.

No caso italiano, tratava-se da civilização cristã. Uma vez que todo homem possui o instinto de sociabilidade, ele tende a imitar o mundo à sua volta. Esse sentir comum se exerce com tal força no espírito do indivíduo que, dificilmente, alguém escapa a essa regra.

Com efeito, quem dominar esse senso comum conquista a sociedade. Para Gramsci, era necessário então mudar tendenciosamente esse “senso comum” rumo à sociedade atéia e igualitária imaginada. Na medida em que houvesse um deslocamento desse senso para a esquerda, todas as pessoas passariam a viver de acordo com ele.

Gramsci sugeriu uma guerra palmo a palmo à Igreja, minando-A na sua estrutura hierárquica. Propunha também demolir paulatinamente a sociedade: mudança de um costume aqui, uma moda mais imoral ali, com a conseqüente desintegração da família.

Apregoava até um linguajar novo e contrário aos costumes cristãos, a instalação de professores revolucionários infiltrados nas escolas para a instilação de doutrinas maléficas nas mentes dos jovens, bem como a promoção de pessoas cujo pensamento fosse comunista ou afim.

Com efeito, como o cupim que carcome a madeira, ao cabo de anos de aplicação de sua teoria mefistofélica a sociedade inteira seria pró-comunista, ou pelo menos estaria intoxicada dessas idéias e costumes. Para Gramsci, tão-só a partir desse momento o comunismo teria chance de triunfar.

Prezado leitor, não é bem isso que assistimos no nosso Brasil? Basta olhar o panorama político para nos darmos conta que nenhum dos candidatos a cargos públicos – pelo menos entre os que mais aparecem - é integramente católico. Aliás, são todos de esquerda e, portanto, cheios de idéias contrárias às máximas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Contudo, para muito além dessa crise que nos assola, devemos ter a confiança firme nas palavras de Nosso Divino Mestre de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja Católica. Os políticos podem blefar, mas a palavra de Deus é eterna.