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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Terrível como um exército em ordem de batalha

Pe David Francisquini         




O já tenso e borrascoso panorama internacional, com guerras aqui, lá e acolá, tornou-se sombrio e ameaçador à paz mundial com a invasão da Ucrânia pela Rússia. A luta dos ucranianos – crentes e tementes a Deus – contra os pró-russos comunistas resulta do direito mais elementar de independência em relação a Moscou.

Putin não ficou só nas palavras quando afirmou que o desfazimento da URSS havia sido a maior tragédia geopolítica do século XX. Ele sonha em restabelecê-la e é por isso que, depois de abocanhar a Crimeia, suas tropas se encontram agora na Ucrânia.

É por isso também que o Metropolita (arcebispo) Greco-católico de Lvov, D. Ihor Voznyak, conclamou a geração de jovens combatentes ucranianos a defender sua pátria contra a agressão daqueles que a querem levar novamente à escravidão.

A prova real de que a Rússia tem enviado tropas, armamentos pesados e ajuda de toda espécie para quebrar aquela nação que luta em nome da Fé contra o criminoso intento do Kremlin, aparece agora em fotografias de satélite, as quais desmentem as reiteradas e cínicas assertivas de Putin em sentido contrário.

O que vem ocorrendo na Ucrânia é sintomático, uma vez que o Kremlin foi responsável, na década de 30 do século passado, pela morte de mais de sete milhões de ucranianos, condenados a uma mortal inanição, além de outros milhões que morreram em campos de trabalho forçado na Sibéria.
Esses acontecimentos foram previstos e advertidos por Nossa Senhora em Fátima em 1917, quando disse:

“A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para impedi-la virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará.”

Como a humanidade não atendeu aos pedidos de Maria, tivemos a tragédia das duas guerras mundiais e continuamos a sofrer as consequências dessa desobediência. E por toda parte grassam a confusão, os conflitos, as guerras localizadas, os crimes, as drogas, os assassinatos, as invasões de propriedades rurais e urbanas, entre tantos outros atropelos.

Os meios católicos – dói dizê-lo – de onde deveria provir a reação contra tudo isso, tornou-se, pelo contrário, o principal foco de irradiação da ofensiva demolidora, com o clero de esquerda e a teologia da libertação promovendo a luta de classes e a revolução social.
Tanques russos
Nisto se configura o presságio de Nossa Senhora sobre a expansão dos erros da Rússia e sua promoção de guerras, sendo a invasão da Ucrânia o mais recente exemplo. Exemplo que nos fortalece na certeza de que a Rússia não se converteu uma vez não ter sido consagrada ao Imaculado Coração de Maria de acordo com as condições estabelecidas por Nossa Senhora.

A própria irmã Lúcia previra que, quando consagrassem a Rússia ao Imaculado Coração de Maria seria tarde demais, pois ela já teria espalhado seus erros pelo mundo. Em outra ocasião, Nossa Senhora alerta a irmã Lúcia de que os pecados do mundo são muito grandes, não mais lhe permitindo segurar o braço justiceiro de Deus que pesa sobre o mundo pecador.

E eis como isso se fará. Com o título “Novidades apocalípticas que vêm de Fátima”, no último 17 de agosto o escritor e jornalista italiano Antonio Socci deu conhecimento em seu site do livro “Um caminho sob o olhar de Maria — Biografia da IRMÃ Maria LÚCIA de Jesus e do Coração Imaculado (Carmelo de Santa Teresa, Edições Carmelo, Coimbra, 2013, 496 pp.). Trata-se de uma biografia da Irmã Lúcia escrita por suas irmãs de hábito, a qual contém documentos inéditos. Por exemplo, o relativo ao grande castigo purificador, revelado à vidente no dia 3 de janeiro de 1944.

Nessa passagem, está dito que a cólera de Deus tocará como uma ponta de lança o eixo da Terra, e que haverá um transtorno geral na natureza, com cidades, montanhas e aldeias desaparecendo por completo. Morrerão milhões de pessoas e a Terra será purificada de seus crimes. Após esses terríveis acontecimentos, a Irmã Lúcia diz que a Igreja Católica sairá vitoriosa, cumprindo-se assim o que Nossa Senhora afirmou: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

O Coração Imaculado de Nossa Senhora, cuja festa celebramos no último dia 22, é “terrível como um verdadeiro exército em ordem de batalha”. Ele suplantará sozinho todas as forças infernais, derrotando as potestades que seguem a Satanás.