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quinta-feira, 2 de julho de 2015



ESTRANHA IDEOLOGIA

Pe. David Francisquini

       
 Plínio Corrêa de Oliveira, em sua obra-prima Revolução e Contra Revolução, desenvolve as noções de igualdade absoluta e liberdade completa, concebidas enquanto valores metafísicos. Elas exprimem o espírito da Revolução, movimento que visa destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas ou um poder ilegítimo.
         Para o revolucionário, o homem deve concorrer em tudo para que haja igualdade completa em todos os níveis, anciãos e jovens, patrões e empregados, professores e alunos, esposo e esposa, pais e filhos. Ele prega a igualdade absoluta, e a própria crença em Deus está descartada, negada e combatida, pois a desigualdade aponta para Deus.
         Chegou o momento de a Revolução dar mais um passo na sua sanha igualitária, impondo ao mundo inteiro a igualdade de gênero  a absoluta igualdade entre homem e mulher. A ideologia de gênero pretende estabelecer que ninguém nasce homem ou mulher, daí o absurdo de ninguém ser identificado como homem ou mulher. Cada criança deve escolher para si uma identidade sexual, e os pais não poderão se opor a isso, sob pena de serem incriminados. 
         O melhor caminho para isso é fazer a cabeça das crianças, e o governo brasileiro pretende implantar entre nós esse absurdo por meio delas. Sob a égide do PT – um partido revolucionário – pesa contra a Nação a ameaça de impingir a ideologia de gênero às cabeças inocentes das crianças.
         As diretrizes da educação, elaboradas pelo Ministério da Educação,
previam o ensino da ideologia de gênero nas escolas, mas foram rejeitadas pelo Congresso Nacional. O Ministério da Educação as reeditou, tornando-as meta obrigatória para todos os municípios. Por isso, todos os estados e municípios brasileiros estão sendo obrigados a apresentar os seus “planos” de educação, nos quais consta a ideologia de gênero. 

         Sendo uma questão religiosa e metafísica, ela é extremamente delicada, atingindo o homem no que tem de mais profundo do seu ser. Só mesmo pessoas com mentalidade perversa, igualitária, anárquica, revolucionária, podem querer subverter a esse ponto a noção de família, conduzindo-a à sua destruição, e com ela a de toda a sociedade.
         Com mais esta inadmissível ingerência do governo na instituição familiar, nossos filhos e netos poderão perder para sempre a noção filosófica da identidade do ser. Esta foi a identidade desejada por Deus ao criar homem e mulher, para a missão altíssima de propagar a espécie humana, povoar a Terra e o reino do Céu.
         A função principal do Estado é dar condições para o aperfeiçoamento e desenvolvimento dos planos divinos. No entanto, agindo em favor da ideologia do gênero, ele se volta contra o seu próprio fim, de modo totalitário. Alterando o próprio conceito que governa o homem, distorce os planos de Deus e abre o caminho para o que há de mais satânico – a imposição tirânica de uma ordem de coisas violentamente contrária à ordem natural.
         Vi recentemente alguns vídeos envolvendo a discussão do plano imposto pelo MEC às Câmaras Municipais, e pude perceber o rancor dos homossexuais contra a família tradicional. Ante as agressivas manifestações antirreligiosas de grupos favoráveis à revolução sexual, os vereadores parecem não saber como conduzir as reuniões sobre o assunto.
        
No horizonte, a perspectiva é de uma verdadeira guerra religiosa e moral, em que os revolucionários negam e procuram substituir conceitos consagrados em todos os tempos. Por ódio a Deus, que criou o ser humano com perfeição e para um altíssimo fim, querem afastar-nos do Criador e implantar em toda a Terra o que há de mais contrário a Ele.

         Os revolucionários querem suprimir a noção de bem e de mal, de verdade e erro, derrubar os fundamentos da religião e do próprio Deus. Pretendem suprimir o Decálogo, a própria expressão do que é a natureza humana. É o que estamos assistindo em nossos dias, nos debates do plano da educação municipal e estadual. E os prezados leitores são convidados a participar ativamente na rejeição a essas medidas inadmissíveis.