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domingo, 1 de fevereiro de 2015


O exorcista
*Pe. David Francisquini

jesus liberta um possesso
As Sagradas Escrituras apresentam muitos casos de possessão diabólica, quando um ou mais demônios se apoderam das pessoas. No Novo Testamento, o evangelista São Mateus cita o mandado de Jesus Cristo: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios” (Mt 10,8).
Para São Boaventura, a argúcia e a espiritualidade dos demônios os levam a penetrar nos corpos e neles se fixarem; por sua força angélica, eles podem atormentá-los, a menos que o impeça um agente superior, ou seja, um padre exorcista. Adolphe Tanquerey, teólogo francês, assim explica a ação do demônio sobre os homens:
“Cioso de imitar a ação divina na alma dos santos, esforça-se o demônio por exercer também o seu império, ou antes, a sua tirania sobre os homens. Às vezes (...) instala-se no corpo e move-o a seu talante, como se fosse senhor dele, a fim de lançar a perturbação na alma”. A este fenômeno se chama possessão.
Os porcos se lançam nas profundezas do mar, após N.S.
ter expulsado o demônio
O possuído, às vezes se contorce, fala palavrões, se movimenta como se fosse uma serpente, se debate, quebra tudo ao seu redor, seus olhos se movimentam desordenadamente, entende a língua latina com perfeição, exerce uma ação demasiadamente grande, que usa da força que um ser humano é incapaz. Na residência onde vive ele impõe a desordem e o desequilíbrio.
A sua atuação, na cidade ou na região, é como se fosse uma cabeça de ponte para as influências malignas, em oposição à ação benfazeja da Eucaristia no sacrário. Sem dúvida, exerce uma ação diametralmente oposta à influência sacralizante da Igreja na sociedade.
Isso explica a razão pela qual as tendências, os humores, os pendores e as inclinações das pessoas da região onde vive o possesso fiquem mais vulneráveis às tentações e às infestações, bem como à aceitação de certas ideias, chavões, mentiras, boatos e pecados. Trata-se de uma ação sobre a opinião pública, criando clima psicológico favorável a atuação dos maus. O Ritual Romano – livro oficial do cerimonial eclesiástico – explica os sinais pelos quais se conhece a possessão.
O antídoto eficiente para combatê-la é o exorcismo, feito em nome de Deus e da Igreja. Ele
São Francisco de Assis no ministério do exorcitato,
expulsa os demônios pelas suas virtudes e oração em Arezzo
não apenas põe em fuga o demônio, devolvendo a paz à alma, mas abala todo o edifício satânico. A doutrina da ‘comunhão dos santos’ ensina que há comunicação espiritual entre os membros da Igreja. Por que não haveria a ‘comunhão dos condenados’?
Uma figura adequada para retratar esta realidade é a dos vasos comunicantes. Na comunhão dos santos, uma alma que faça um ato de virtude potencializa todas as virtudes dos fiéis e dos santos. Na ‘comunhão dos demônios’, um demônio que se apodera do corpo comunica a sua perfídia a todos os seus congêneres da terra, dos ares e do inferno. 
A possessão de um corpo equivale, portanto, a uma torre de comando através da qual os demônios exercem a sua ação malfazeja para destruir a sociedade. Só o exorcista tem o poder de quebrar esta comunicação entre os demônios e os homens, pois não basta uma simples pregação, um conselho ou uma admoestação. Isto ajuda, mas não basta.
Pela comunhão dos santos, o exorcista enxota o demônio com essas palavras: “Conjuro-te diante de Deus e pela autoridade a mim concedida pela Igreja, retira-te espírito maligno desta pobre criatura, em nome de Deus Pai, em nome de Deus Filho, em nome de Deus Espírito Santo, em nome da Santíssima Virgem e de todos os anjos e santos da Corte Celestial, retira-te espírito maligno e não o apoderes mais”.
Beato Palau, Exorcista
Esta ação do sacerdote, investido do poder divino e agindo em nome da Igreja, obriga o demônio a se retirar. Aparentemente ignorada, tal ação repercute na Corte celeste, na luta dos bons contra os maus. Pois se ao vicejar um vício todos os demais vícios ficam motivados e abalam as virtudes que se lhes são opostas, assim também se passa com a virtude: quando uma boa ação é praticada, todas as demais se revigoram.

Com efeito, nenhuma ação do homem é indiferente. Ao deixar o possuído, o demônio se contorce, estertora, lança-se de um lado para o outro; a estrutura dos demônios fica abalada pelas consequências daquela derrota. Em contrapartida, os fiéis se sentem fortalecidos nas suas virtudes, e Deus, Nossa Senhora e a Santa Igreja são glorificados.

domingo, 11 de janeiro de 2015


Maria e José: corte e serviço régios

Pe. David Francisquini
São Pedro Julião Eymard comenta que Deus Pai, ao enviar seu Filho à Terra, quis fazê-lo com honra, pois Ele é digno de toda honra e de todo louvor. Por isso Lhe preparou uma corte e um serviço régios. Deus desejava que seu Filho encontrasse recepção digna e gloriosa, se não aos olhos do mundo, pelo menos aos seus próprios olhos.
A corte do Filho de Deus compõe-se de Maria e de José. Com efeito, São Bernardino de Siena afirma que Maria foi a mais nobre das criaturas que jamais houve e haverá. São Mateus mostra que Ela é descendente de catorze Patriarcas, catorze Reis e catorze Príncipes. Também em São José desfechou toda a dignidade patriarcal, régia e principesca.
Jesus, Maria e José constituem o mais luminoso exemplo de vida e de instituição familiar, civil e religiosa. Ao lermos nos Santos Evangelhos e nos escritos dos Santos o que a piedade popular convencionou chamar com toda propriedade de Sagrada Família, podemos tirar lições profundas que à maneira de farol nos servem de guia em meio à tempestade.
Sim, em meio à procela que se abate hoje sobre os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, pois até Ele foi odiado no seu Presépio e ameaçado de morte, a ponto de a Sagrada Família se vir obrigada a buscar refúgio no Egito. “Que José tomasse o Menino e partisse para o Egito”, porque Herodes O procurava para matá-Lo.
Quando o anjo apareceu, José dormia, distante dos cuidados da terra e das preocupações mundanas. Somente ele, como chefe da casa, era digno de gozar das visões do alto. O embaixador celeste então lhe diz: “Levanta-te, toma o menino e a Sua Mãe”. Com estas palavras, o anjo reconhece outro título de Maria: Mãe de Jesus, que é Deus.
Como chefe da família de Nazaré, José se apresenta incumbido de preservar os fundamentos de sua família, e com isto torna-se exemplo para todos os casais.
Ao levar Jesus e Maria para o Egito, José cumpria o que estava escrito na Escritura: do Egito chamei meu Filho. O próprio Jesus teve de fugir de seu povo para se abrigar junto a outro povo que outrora fora perseguidor dos hebreus. Assim agindo, José levava um remédio para curar os males que afligiram o Egito, como as dez pragas.
Nosso Senhor levou a luz para esses povos que estavam submersos nas trevas. José, ao partir com Jesus e Maria, saiu durante a noite, no meio das trevas. Ao voltar para a Judéia, ele o fez durante o dia porque aquelas preocupações haviam passado.
Como pai adotivo e esposo de Maria, competia a São José por direito conduzir o Menino Deus a diversas regiões, prefigurando os apóstolos que deveriam levá-Lo ao o mundo inteiro por meio da pregação. São Lucas descreve a ida do Menino, aos 12 anos de idade, com os pais a Jerusalém, ocasião em que se manifestou n’Ele a sabedoria.
Tendo a sabedoria se manifestado no Menino, e com ela a expressão da universalidade das coisas e dos tempos, a luz de Cristo chegou a todos os lugares em todos os tempos. Acabada a festa, o Menino deixou-se ficar em Jerusalém.
Ele quis assim Se ocultar, não para contrariar seus pais e deixá-los preocupados, mas para fazer a vontade do Padre Eterno. Sendo Jesus o Filho de Deus, objeto de tanto cuidado por parte de seus pais, como pôde ter sido esquecido? Cabe, porém, ressaltar o costume que há entre os judeus de que os homens e as mulheres podiam ir em comitivas distintas, enquanto os meninos podiam ir com o pai ou com a mãe.
Após três dias que pareceram uma eternidade, Jesus e Maria encontraram por fim seu Divino Filho. Ele estava no Templo, sentado entre os Doutores da Lei, que ora O escutavam, ora Lhe perguntavam, pasmos com a Sua sabedoria.
Maria manifesta a dor que sentia em seu coração: Teu pai e eu te procurávamos aflitos. E Ele disse: Não sabias que devo me preocupar com as coisas que são de Meu Pai? Para dar a entender que há em Jesus duas naturezas distintas: a divina e a humana.
Buscam e encontram o Menino no Templo, para amá-Lo e seguir os Seus ensinamentos. Saindo do Templo, encontramo-Lo no lar de Nazaré, levando a vida como um filho exemplar, ensinando-nos a humildade e a obediência, pois a obediência é o fundamento da vida cristã.
Assim se resume o restante da vida de Jesus na casa de Nazaré. Na obediência aos pais, ensinava a todos os homens que todo aquele que se aperfeiçoa na vida da graça e da virtude deve abraçar a obediência como meio infalível de se chegar ao bem. Ele se submeteu humilde e respeitosamente ao trabalho corporal.

Embora honestos e justos, seus pais eram pobres e tinham de buscar sustento para a vida com o próprio suor. E Jesus tomava parte nos trabalhos de seus pais obedecendo-lhes em tudo. A propósito, disse Santo Agostinho:o jugo de Nosso Senhor tem asas que nos elevam acima da terra”.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Até quando, Senhor?

*Pe. David Francisquini

Bem diferente de hoje era a atmosfera que circundava o Natal de outrora, quando a maioria das pessoas ainda abria a porta de suas almas – que só podem ser abertas pelo lado de dentro – para as graças próprias às comemorações do Nascimento d’Aquele que veio a Terra para que fosse inaugurado o Reino da bondade, do perdão, da misericórdia e da clemência.
Graças que transcendiam o próprio ser e que se difundiam nos corações das pessoas o sentimento da esperança e da certeza. Em sua unção, elas inundavam os ambientes com louçania arrebatadora, razão pela qual todos, adultos e crianças, pressurosos, aguardassem a Noite Feliz que nos deu tão grande Redentor.    
O fechamento das almas se deu em detrimento do espírito cristão radicado nas virtudes teologais da fé, esperança e caridade; bem como nas virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Tais virtudes debilitadas ou mesmo extintas geraram desequilíbrios na psicologia dos homens, tornando-os insensíveis às graças de bem estar e de benquerença.
Não se levanta mais o incenso da oração; na sociedade, o trato cavalheiresco foi substituído pela vulgaridade; a solenidade requintada e a elevação de alma passaram a ser rejeitadas, pois não há mais caridade cristã, espelho do amor de Deus trazido por Jesus Menino. Enrijecido, o homem não sabe mais o que representa o Natal. Sem dúvida, isso decorre do desfazimento da família.
Para ele, o que interessa é a fruição do momento, a avidez dos lucros, a sofreguidão dos prazeres, a intemperança em fruir o ambiente e as circunstâncias que o mundo neopagão oferece. No presépio, o Menino Jesus quase não é visitado. Passa-se hoje de certo modo o que se passou com Herodes quando os Reis Magos lhe perguntaram onde havia nascido o rei de Judá...
Se os homens de fé foram vítimas de um processo diabólico de transformação até se tornarem ateus práticos, tal processo ainda não atingiu o seu fim último. Com efeito, o demônio não esmorecerá enquanto não extinguir na sua faina inútil de destruir o que resta de cristão na face da terra. Há sinais espantosos desse ódio que ronda o Menino do presépio.
Basta ver, ouvir ou ler matérias de nossa mídia para constatar a animosidade da perseguição aos cristãos do Oriente Médio, sendo eles perseguidos, massacrados, mutilados, despojados de seus bens e até da própria vida. No Ocidente, essa perseguição se dá por meio de leis que visam implantar um estado de coisas oposto aos ensinamentos do Evangelho. Dói dizê-lo, mas sob o silêncio quase total dos Pastores...
De passagem, citemos o fanatismo de muitos no anseio infrene de impor uma legislação abortista; estes mesmos fanáticos querem implantar o pseudo-casamento homossexual, a legalização da prostituição, a liberação das drogas, a eutanásia e tudo mais que vá diretamente se opor à doutrina e à Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santa Igreja.
Por exemplo, a educação das crianças pelas mãos do Estado moderno com suas nefastas consequências. A propósito, são oportunas as palavras do Profeta Jeremias referidas por São Mateus: “Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chora seus filhos e não pode se consolar, pois eles já não existem”.
De acordo com São Jerônimo e São João Crisóstomo, os evangelistas e os apóstolos quiseram expressar como hebreus que eram em sua própria língua, o que continha no texto hebreu. A palavra Ramá quer dizer “voz que foi ouvida no alto, de muito longe”, esta voz se referia à morte dos inocentes que se ouvia nas alturas.
Isto se aplica aos nossos dias em que a verdadeira Igreja Católica, Apostólica, Romana – quase sucumbida pelas dores que os seus próprios membros vêm lhe causando – mas como Mãe ela chora e lamenta a dores infligidas a seus filhos. Usquequo, Domine! Até quando, Senhor?

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014




*Pe. David Francisquini



De repente, os pastores que cuidavam de suas ovelhas nos arredores de Belém ouviram um canto magnífico: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade”. Diante do inesperado, eles se dirigem apressados rumo à manjedoura, onde encontraram o Menino reclinado e envolto em panos, sob os olhares enlevados e vigilantes de Maria e José.
Segundo a tradição, a neve caía mansamente. Enquanto todos dormiam no aconchego dos seus lares, um pobre casal se encontrava na gruta fria, pois não encontrara guarida nem mesmo em casa de parentes, pois José e Maria viviam em Nazaré e se encontravam ali em razão de uma obrigação cívica, um recenseamento.
 Noite de luz e neve cobrindo a terra, circunstâncias ideais para se cantar a glória do Filho de Deus que acabava de nascer para habitar entre nós, para governar a Terra, conquistar as almas e lutar contra o demônio. Acontecimento tão espetacular que espargiu alegria no universo inteiro e causou pavor nas hostes seguidoras de Satanás.
Toda a natureza se regozijou em homenagem a Jesus que acabava de nascer: as fontes se tornaram mais cristalinas e jorravam com melodia encantadora de modo a elevar os espíritos; as flores desabrochavam mais bonitas e exalavam inexcedível perfume em honra ao recém-nascido; as estrelas brilharam com maior intensidade a fim de prestar justa vassalagem ao Menino-Deus.
A despeito de ser noite, por todas as partes do mundo a mesma cena se repetia. E em toda a Terra se cantou e ainda se canta: “Noite Feliz, noite feliz. Oh! Jesus, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém. Eis na lapa Jesus nosso bem, dorme em paz oh! Jesus. Dorme em paz oh! Jesus!”.
Estamos comemorando 2014 anos deste magno acontecimento que dividiu a História em duas partes: antes de Cristo e depois de Cristo! Se de um lado, como afirmou Santo Agostinho, podemos exclamar “oh feliz culpa que nos mereceu tão grande Salvador!”, de outro devemos nos perguntar o que fizemos do Sangue precioso do Redentor? O que resta de Cristandade em nossos dias? Dói dizê-lo, mas o mal penetrou até nos lugares mais sagrados da Terra.
Creio ser bem o caso de repetir com Plinio Corrêa de Oliveira as palavras contritas, mas plenas de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos, que ele escreveu em ‘O Legionário’ por ocasião do Natal de 1946. Elas serão por certo o melhor presente que podemos oferecer ao Menino Jesus neste Natal:
“Vede-nos, Senhor, e considerai-nos com compaixão. Aqui estamos, e Vos queremos falar. Nós? Quem somos nós? Os que não dobram os dois joelhos, e nem sequer um joelho só, diante de Baal.
“Os que temos a vossa Lei escrita no bronze de nossa alma, e não permitimos que as doutrinas deste século gravem seus erros sobre este bronze sagrado que vossa Redenção tornou. Os que amamos como o mais precioso dos tesouros a pureza imaculada da ortodoxia, e que recusamos qualquer pacto com a heresia, suas obras e infiltrações.
“Os que temos misericórdia para com o pecador arrependido, e que para nós mesmos, tantas vezes indignos e infiéis, imploramos vossa misericórdia – mas que não poupamos a impiedade insolente e orgulhosa de si mesma, o vício que se estadeia com ufania, e escarnece a virtude.
“Os que temos pena de todos os homens, mas particularmente dos bem-aventurados que sofrem perseguição por amor à vossa Igreja, que são oprimidos em toda a Terra por sua fome e sede de virtude, que são abandonados, escarnecidos, traídos e vilipendiados porque se conservam fiéis à vossa Lei.
“Aqueles que sofrem sem que a literatura contemporânea se lembre de exaltar a beleza de seus sofrimentos: a mãe cristã que reza hoje sozinha diante de seu presepe, no lar abandonado pelos filhos que profanam em orgias o dia de vosso Natal; o esposo austero e forte que pela fidelidade a vosso Espírito se tornou incompreendido e antipático aos seus; a esposa fiel que suporta as agruras da solidão da alma e do coração, enquanto a leviandade dos costumes arrastou ao adultério aquele que devera ser para ela a coluna de seu lar, a metade de sua alma, "outro eu mesmo"; o filho ou a filha piedosa, que durante o Natal, enquanto os lares cristãos estão em festa, sente mais do que nunca o gelo com que o egoísmo, a sede dos prazeres, o mundanismo paralisou e matou em seu próprio lar a vida de família. O aluno abandonado e vilipendiado pelos seus colegas, porque permanece fiel a Vós.
“O mestre detestado por seus discípulos, porque não pactua com seus erros. O Pároco, o Bispo, que sente erguer-se em torno de si a muralha sombria da incompreensão ou da indiferença, porque se recusa a consentir na deterioração do depósito de doutrina que lhe foi confiado. O homem honesto que ficou reduzido à penúria porque não roubou.

“Estes são, Senhor, os que no momento presente, dispersos, isolados, ignorando-se uns aos outros, entretanto, agora, se acercam de Vós para oferecer o seu dom, e apresentar a sua prece. Dom tão esplendido na verdade, que se eles Vos pudessem dar o sol e todas as estrelas, o mar e todas as suas riquezas, a terra e todo o seu esplendor, não Vos dariam dom igual”.