O cristão é
outro Cristo
*Pe. David Francisquini

Vida
participativa, portanto: divinae
consortes naturae, ou seja, consorte, uma união que se nos dá pela graça
com a natureza divina. Portanto, o próprio Deus habita em nós, tornando-nos
templo do Espírito Santo, morada da Santíssima Trindade, no dizer de São Paulo.
Vivendo e cooperando com
a graça e as virtudes infusas haverá um desenvolvimento e uma união da criatura
com o Criador que poderá atingir alto grau de perfeição, preparando-nos para a
vida eterna. As tribulações, os sofrimentos da vida presente não se comparam
com a vida vindoura.
O Divino Mestre ressalta
com ênfase essa luta quando diz que o reino dos céus padece violência e os que
se violentam ou se esforçam são os que o arrebatam. Já o profeta Davi afirma
que o inocente de mãos e limpos de coração, que não tomou em vão sua alma nem
jurou por engano a seu próximo, alcançará de Deus a bênção e a misericórdia.
“Vossa tristeza se
converterá em alegria”, consola-nos Nosso Senhor (João 16, 20). “Bem aventurado
os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem aventurado sois vós quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo,
falarem todo mal contra vós, por minha causa. Alegrai-vos, e exultai-vos,
porque, a vossa recompensa será grande nos céus”. (Mt. V, 11-12).

Mas, afinal, o que é o
Céu? Qual é a vida dos bem-aventurados? Pouco ou quase nada se prega ou se
escreve a respeito. Afinal, o Céu é nossa pátria. Não é o firmamento pontilhado
de milhões de estrelas, mas um lugar onde “os justos entrarão para a vida
eterna”.
Lugar de alegrias sem
par, onde os bem-aventurados contemplarão eternamente a Deus e O amarão ao prestar-Lhe
todas as homenagens pelo fato de ser Ele quem é. Lugar onde eles estarão livres
de todo o mal, triunfando sobre o pecado, o mundo, o demônio e a carne
corrompida pelo pecado original.
Santo Agostinho se propondo a escrever a respeito do Céu
quis se aconselhar com São Jerônimo sobre a conveniência ou não da obra. São Jerônimo
– que acabara de falecer – apareceu-lhe milagrosamente desaconselhando-o da
empreitada, por se tratar de tarefa quase impossível. Olhe que São Jerônimo falava
com conhecimento de causa, pois já habitava no reino dos Céus!
O próprio Nosso
Senhor na sua vida terrena disse pouco a esse respeito, o suficiente para fazermos
uma idéia do reino dos céus. Por exemplo, quando nos ensinou que no reino de
seu Pai há muitas moradas e se sentarão com Ele à mesa e participarão de um
banquete que o Pai preparou para aqueles que O amam. O livro dos Salmos afirma que a
glória dos céus é um bem infinitamente desejável.
Rogando a Deus, em sua
qualidade de pai devotado aos filhos, que alimente em nós este santo desejo,
prometo continuar o tema num próximo artigo.
Um comentário:
O Céu que Deus nos promete é inimaginável, não é o céu que as ideologias socialistas instigam na midia, de viver a vida a cada momento, aproveitá-la ao máximo, o paraíso é aqui, já que morreu, acabou.
Não é que a todo momento na midia nos apresentam um "paraíso" para adentrarmos?
Por outro lado, sabemos que o tal céu por elas prometido não passa de um esquema de alienação das pessoas e jogá-la em todos os vícios em que possa se enfiar, pois a intenção primeira delas é alienar as pessoas por meio de desligarem da doutrina da Igreja católica em especial, consequentemente as lançarem no relativismo, para depois de devidamente subvertidas as dominar com facilidade e as escravizar sob um regime totalitarista, opressor, materialista e ateu.
Não são as ideias defendidas pelos comunistas, como dos políticos e do partido PT?
Aliás, quem vota neles colabora...
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