A Cristo a glória e o Império
Pe. David Francisquini
Em artigo anterior sobre a Páscoa da Ressurreição, acenamos para os sacramentos da confissão e da comunhão freqüentes como fonte de nossa fortaleza e penhor de nosso triunfo sobre o demônio, a morte e o pecado. Nesse sentido, é lapidar do pensamento de São Paulo Apóstolo:
“Purificai-vos do velho fermento, para que sejais uma nova massa, agora que já sois ázimos; pois, Cristo nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos, portanto, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”. (I Cor. V, 7-8).
O tempo pascal se reveste de beleza única. A Igreja como verdadeira mãe manifesta seu aspecto jubiloso e triunfante. Muito mais do que em qualquer outro tempo litúrgico, o culto católico apresenta-se de modo solene, grandioso, festivo, majestoso, o que contrasta com o tempo de penitência, de tristeza e de jejum em voga na quaresma e, sobretudo, na Semana Santa.
A Igreja parece não encontrar em seus cânticos outra manifestação de júbilo a não ser Aleluia. O círio Pascal com cinco cravos lembra as cinco chagas de Nosso Senhor ressuscitado. Com a Cruz recorda a nossa redenção.
Com o alfa e o ômega, manifesta a divindade de Jesus, que é o principio e fim de todas as coisas. E com o ano atual que celebra a Páscoa, esse ano está iluminado com a luz de Cristo, triunfador do gênero humano.
Essa luz do círio lembra que ele é verdadeiramente Rei. O círio aceso nos fala da grandeza e da sublimidade dessa luz que brilhou nas trevas, cujas trevas a rejeitaram, mas que para os cristãos renovados pela graça, comemoram com alegria esse tempo que transluz a beleza e a superioridade de Cristo ressuscitado, com suas chagas que são diademas de seu triunfo e de sua realeza:
Porque dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória e o Império, por todos os séculos da eternidade. Amém.
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