Malefícios da ignorância religiosa
Pupitre na sede do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, decorada pelo próprio Prof. Plinio. O leão à esquerda está lutando contra uma serpente bicéfala simbolizando o orgulho e a sensualidade, as duas molas propulsoras da Revolução. E o da direita está enfrentando uma serpente com três cabeças, em recordação das três Revoluções. Ao centro, a frase “Residuum revertetur” (O resto voltará). O ano de 1571 evoca a vitória da Cristandade em Lepanto
Pe.
David Francisquini
Enquanto processo
multissecular de destruição paulatina da civilização cristã nascida na Idade
Média, a Revolução atua em todos os campos da atividade humana para corroer os
fundamentos dessa civilização. Quem o afirma é o intelectual católico Plinio
Corrêa de Oliveira em seu livro Revolução e Contra-Revolução: “Claro
está que um processo de tanta profundidade, de tal envergadura e tão longa
duração não pode desenvolver-se sem abranger todos os domínios da atividade do
homem, como por exemplo a cultura, a arte, as leis, os costumes e as
instituições”.
Para o mestre da
Contra-Revolução “Este inimigo terrível tem um nome: ele se chama
Revolução. Sua causa profunda é uma explosão de orgulho e sensualidade que
inspirou, não diríamos um sistema, mas toda uma cadeia de sistemas ideológicos.
Da larga aceitação dada a estes no mundo inteiro, decorreram as três grandes
revoluções da História do Ocidente: a Pseudo-Reforma, a Revolução Francesa e o
Comunismo”.**
A causa mais profunda da
baldeação ideológica de fiéis para as hostes contrárias à Igreja reside em
larga medida na ignorância religiosa e doutrinária que grassa nos meios
católicos. A propósito, recordo-me de que nos idos de 1960 um jornalista muito
arguto, mas pouco fiel à nossa santa fé, chegou a afiançar que o Brasil não
tardaria a se transformar no maior país ex-católico do mundo.
As Igrejas Católicas, na Europa, são vendidas para restaurantes, cinemas, boates, clubes de recreação, por falta de fieis. |
São Pio X ensina que a
debilidade das almas, da qual derivam os maiores males, provém sobretudo da
ignorância das coisas divinas. As obras da ignorância religiosa são a
paganização da sociedade, a germinação de doutrinas contrárias à fé e a adoção
de costumes hostis à nossa santa religião. Tal ignorância é o resultado da
educação deficiente em matéria de moral e religião, que desde a infância
prepara o homem contemporâneo para a aceitação de doutrinas errôneas. Haja
vista a maldita ideologia de gênero que tenta relativizar uma das maiores
obviedades existentes na natureza, a diferença entre homem e mulher.
Sabemos pelo profeta Isaías
que o caminho do ímpio e seus iníquos pensamentos e obras agridem o Senhor.
Deus é generoso para perdoar, mas desde que haja arrependimento e contrição,
pois tão-só aí a alma encontrará a felicidade, existente apenas dentro da lei
divina. Os que se afastam dela e promovem a iniquidade, seus pensamentos e caminhos
não são os de Deus, cujas cogitações e vias se elevam muito acima deles. O
profeta Isaías diz ainda que assim como a chuva e o orvalho caem do céu para
irrigar a terra e fazer germinar a semente, a palavra de Deus produz o efeito
de reconduzir o homem ao caminho do bem, fazendo frutificar nele os efeitos da
virtude.
Profanação no carnaval |
A mídia revolucionária
vomita diuturnamente as mais escabrosas blasfêmias contra Deus e Nossa Senhora.
O mesmo acontece com as chamadas exposições de “arte”, com filmes e programas
de televisão, com escolas de sambas, com obras literárias etc. Com efeito, a
presente etapa da Revolução não se limita apenas em implantar o socialismo, mas
vai muito além, agindo na alma do homem com a intenção de destruir todos os
valores cristãos existentes nele e na família. De onde o ódio e blasfêmia, cujo
fim é o culto ao próprio demônio.
Não pensem os teimosos
revolucionários que conseguirão implantar o reino satânico desejado pelo
príncipe das trevas; não creiam que a implantação de leis iníquas conseguirá vencer
as leis e a obra divinas, porque paira sobre a Igreja a promessa de que as
portas do inferno não prevalecerão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário