Fátima, misterioso aviso
Padre
David Francisquini
O dia 13 de maio de 2017 – do qual
apenas um ano nos separa – revestir-se-á de invulgar importância. Será o
centenário de um acontecimento histórico que marcou profundamente o século XX e
continua a marcar o século XXI: uma Senhora de aspectos deslumbrantes aparece em
Fátima, Portugal, a três crianças na Cova da Iria, e lhes revela uma Mensagem destinada
ao mundo inteiro.
Era a Santíssima Virgem, que abria assim
ao mundo contemporâneo o caminho da conversão e de radiosas esperanças, o que
devia dar-se através da oração, da penitência, da mortificação e da mudança de
vida. Bastou que Nossa Senhora lhes aparecesse para que as crianças levassem a
sério o que a Mãe do Céu lhes dissera.
Lúcia, Jacinta e Francisco – assim
se chamavam – procuraram meios de se oferecer a Deus como vítimas pelos pecados
do mundo, a fim de consolar o Coração Imaculado de Maria. Caso a humanidade atendesse
aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima, converter-se-ia a Rússia, evitar-se-iam
as duas guerras mundiais, e seria afastada a crise sem precedentes que grassou
na Igreja.
Segundo ele, pensava-se que
"viria um dia ensolarado para a história da Igreja, veio pelo contrário,
um dia cheio de nuvens, de tempestade, de escuridão, de indagação e de
incerteza". "A Igreja atravessa hoje um momento de inquietude. Alguns
praticam a autocrítica, dir-se-ia até à autodemolição (...). A Igreja é
golpeada pelos que d'Ela fazem parte".
Por sua vez, diante do predomínio
desse quadro, João Paulo II expressou-se com as seguintes palavras: "É
necessário admitir realisticamente e com profunda e sentida sensibilidade que
os cristãos hoje, em grande parte, sentem-se perdidos, confusos, perplexos e
até desiludidos: foram divulgadas prodigamente ideias contrastantes com a
verdade revelada e desde sempre ensinada; foram difundidas verdadeiras e
próprias heresias, no campo dogmático e moral, criando dúvidas, confusões e
rebeliões; alterou-se até a liturgia; imersos no "relativismo"
intelectual e moral, e, por conseguinte, no permissivismo, os cristãos são
tentados pelo ateísmo, pelo agnosticismo, pelo iluminismo vagamente moralista,
por um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e sem moral
objetiva".
As consequências da crise religiosa,
sobretudo em questão de fé e moral, são desastrosas em todos os campos e não se
restringiram ao interior da Igreja. Basta olhar para o ambiente que nos cerca,
para verificar a crise que abala a família, os costumes, a política, a
economia, a educação e o comportamento humano.
Essa crise agravou-se no Brasil com
a ascensão do PT ao Poder, mas mesmo antes, nos governos que o antecederam, já
grassava nas faculdades, nos estudos fundamental e médio, na vida intelectual,
moral e psicológica, paulatinamente trabalhados no sentido do pensamento do
regime petista, ou seja, do socialismo marxista.
Dilma com Fidel Castro |
O Partido dos Trabalhadores se
baseia numa concepção ateia e materialista da sociedade e utilizou todos os
meios para se instalar definitivamente no Poder a fim de implantá-la. Não
estranha que, com a eventual queda da atual Presidente, o novo governo componha
venha a compor seu ministério com nomes caros aos atuais mandatários petistas e
a FHC, conforme noticiou o Jornal "El País" de 28 de abril de 2016,
em matéria escrita por Afonso Benites e intitulada: "Michel Temer prepara
primeiro escalão com nomes de confiança de Lula e FHC”.
Se for assim, conclui-se que tudo
caminha para a continuação do petismo sem o PT. Tudo isso se deu progressivamente, através das
ideias novas plantadas dentro da Igreja em conúbio com os desideratos da
Revolução universal que procura encaminhar a humanidade rumo ao caos. Daí se
compreende a apreensão de Nossa Senhora em Fátima com os rumos que se
delineavam em 1917 com a ascensão do bolchevismo na Rússia, dizendo que este
país seria a grande ameaça para a Igreja e para o mundo.