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domingo, 24 de janeiro de 2010

O pecado, a pior das escravidões



Pe. David Francisquini


Era domingo pela manhã. Os apóstolos se encontravam reunidos no Cenáculo em companhia da Santíssima Virgem Maria. De repente, um estrondo vindo dos céus, seguido de vento impetuoso, enche toda a casa e anuncia um prodígio de repercussão transcendente. Línguas de fogo vieram pousar sobre a cabeça de cada um deles.

Tal fenômeno deu-se 50 dias após a Ressurreição de Cristo e 10 dias depois de sua Ascensão. Repare o leitor que no Antigo Testamento a festa de Pentecostes era comemorada 50 dias depois da saída do povo hebreu do Egito, quando recebeu no alto do Monte Sinai, pelas mãos de Moisés, as Tábuas da Lei, nas quais estavam gravados os 10 Mandamentos.

O vento forte simboliza o Divino Espírito Santo comunicando aos Apóstolos o fortalecimento de suas vontades. As línguas de fogo, o dom da palavra que os ajudaria na sua trajetória pelas nações, anunciando as verdades eternas, de modo a permitir que todos os povos entendessem as maravilhas de Deus.

Compreende-se assim que uma multidão proveniente de todas as partes se reunisse em torno do Cenáculo. A antítese de Pentecostes teria sido a Torre de Babel, quando Deus confundiu os intentos dos maus pela confusão das línguas, fazendo com que de um momento para o outro deixassem de se entender e se dispersassem.

No Monte Sinai como no Monte Sião, um fogo celeste aparece e um rumor violento se faz ouvir no dia de Pentecostes. Num como noutro, a vontade de Deus se manifesta. Com o povo hebreu, no 50º dia depois de sua libertação do Egito. Na Judéia, no 50º dia após a Ressurreição, para libertar os homens da pior escravidão, a escravidão do pecado.

Pentecostes foi o dia em que a Igreja iniciou sua expansão pela Terra, que São Pedro pregou para três mil pessoas que receberam o Batismo: [...] “Homens judeus, e vós todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto conhecido e com ouvidos atentos ouvi as minhas palavras”. [...] Jesus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas”.

Os Apóstolos foram os escolhidos do Divino Mestre. Eram pessoas simples da Galiléia, mas com tal vigor de personalidade que se destacavam entre o povo eleito decadente. Apesar do convívio de três anos com o Filho de Deus, eles entretanto se mostravam sem forças para enfrentar o mundo pagão com seus vícios e crueldades, idolatrias e superstições.

O mundo dominado por Roma jazia em profunda treva na qual reinava o pecado. O Divino Espírito Santo veio abrir a inteligência dos Apóstolos, fortalecer-lhes firmemente a vontade e temperar-lhes a sensibilidade para que assim pudessem levar a Boa Nova do Evangelho a todas as nações e a todos os povos.

Desde Pentecostes, depois de ter presidido à fundação da Igreja, o Espírito Santo cumpre a missão de conduzi-La, assisti-La e dirigi-La, de tal forma que as portas do inferno não prevaleceram e jamais prevalecerão contra Ela. Sejamos filhos da Igreja, devotos de Maria Santíssima, templos do Espírito Santo. Assim obteremos paz para nossas almas, proteção para nossos corpos e, por fim, alcançaremos o Céu.
O ambiente rural e a feliz concórdia entre patrões e empregados

Pe. David Francisquini


Sempre tiro muito proveito espiritual, mas também psicológico e intelectual, em meu giro anual pelos campos do norte fluminense. Com efeito, não só a boca fala da abundância do coração. Metaforicamente, a pena também pode falar. Portanto, quero compartilhar com meus leitores o sabor de alguns frutos que colhi de meus recentes contactos com o homem do campo.

Entre as muitas conversas interessantes que mantive em meu mais recente percurso, detenho-me numa de modo particular. O interlocutor já era meu conhecido e, juntos, lembramo-nos da longa e luminosa trajetória da agricultura brasileira. Desde os tempos das capitanias hereditárias, passando pelas sesmarias, quando até as ordens religiosas tinham suas terras de cultivo.

Depois do ciclo da cana de açúcar vieram as lavouras de café, no século XIX, e com a abolição da escravatura aportaram as ondas de imigrantes europeus a povoar essa nova Canaã. As terras foram naturalmente se dividindo, e milhares de proprietários, grandes, médios e pequenos produzem hoje alimentos com fartura e baratos para o Brasil e para o mundo.

O camponês demonstra muita segurança de vida, capacidade de governo, o que por sua vez lhe dá muita auto-estima, pois se sente como senhor da terra, o que concorre para lhe cunhar personalidade marcante. Mas, a conversa ia longe, quando tratamos das relações cheias de harmonia e de bondade entre patrões e empregados. Tempos em que predominava o compadrio.

Havia nas fazendas de café a figura do meeiro que entrava com os braços e o dono com a terra, situação na qual o trabalhador acumulava ao longo de alguns anos renda suficiente para comprar suas terras. As relações amistosas faziam do proprietário compadre do trabalhador e vice versa. Com efeito, reinava ali o espírito muito familiar.

A bondade de nosso povo permitia que todos trabalhassem de acordo com seus dotes, mas ninguém ficava sem atividade. As tarefas eram distribuídas segundo as capacidades de cada um.


Nessa feliz concórdia, patrões e empregados desenvolviam seus talentos. A estrutura agrária sólida permitia que a fazenda fosse uma verdadeira escola de novos proprietários.


Formavam-se homens de têmpera, de determinação e cheios de resolução, predicados mais salientes do homem do campo de outrora. Futuros proprietários partiam para longe, onde compravam terras mais baratas, e com isso foram semeando em nossos sertões e criando novas povoações. Assim, o Brasil transformou-se na potência agrícola que hoje é.

Ainda teria algumas coisas a dizer..., mas o espaço acabou. Quem sabe numa próxima ocasião? Até breve.
À sombra das foices


Pe. David Francisquini


Em artigos anteriores, tive a oportunidade de escrever sobre meus agradáveis e proveitosos contactos com o homem do campo de nossa região. Ele faz parte do Brasil profundo, do Brasil brasileiro. Todo o panorama que o envolve — como já tive ocasião de ressaltar — serve de lição para o Reino dos céus: a semente lançada na terra, os pássaros, os lírios dos campos, a serpente...

Pode-se dizer que o trabalhador rural tem hoje muitos de seus direitos assegurados por lei, mas não é menos verdadeiro que lhe foi retirado um direito fundamental, qual seja o de se enriquecer na terra. Isso porque o governo acabou com a instituição do meeiro, do parceiro, cerceando assim a possibilidade do camponês construir um patrimônio.

Grosso modo, pode-se afirmar que o êxodo rural começou no momento em que as lantejoulas dos empregos na indústria se acenderam nos grandes centros urbanos, erradicando os camponeses da terra onde nasceram e trasladando-os para a vida urbana — aliás, muito pouco urbanizada nas periferias onde eles iam morar. Conseqüência gritante dessa ruptura foi a desintegração de suas famílias.


Contudo, a legenda do camponês enquanto empreendedor, honesto, independente e com senhorio encontra-se tão presente na mentalidade de nosso povo, que os homens da cidade, sejam profissionais liberais, comerciantes, industriais ou políticos sentem que lhes ficaria faltando algo na personalidade se não possuíssem um pedaço de terra. Foi o que pude observar no meu mais recente giro pelos campos. Médicos, advogados, funcionários públicos sempre procuram ter sua terra, onde criam gado e plantam cereais ou frutas. Foi assim que cheguei a entender o tamanho do ódio que certos revolucionários socialo-comunistas e ecologistas têm em relação à nossa estrutura agrária.

Tais revolucionários compreendem perfeitamente o que resta de ordem natural e da civilização cristã de outrora em nosso interior e, por isso mesmo, querem erradicar tais resíduos de nosso meio rural. Eles o fazem através da propalada Reforma Agrária e dos movimentos ditos sociais como o MST, que agem não mais à sombra de cruzes ostentadas ad hoc por “padres de passeata e freiras de mini-saia”, mas da foice e do martelo.

Não são mais as lantejoulas da indústria nos grandes centros que acenam para os homens do campo, mas a demagogia que mentirosamente os convida a se tornarem proprietários rurais, mercê da distribuição de terras efetuada pelo Estado.

Na verdade, eles nunca receberão o título de propriedade como jamais passarão de meros posseiros do INCRA, sem qualquer estabilidade e condição de progresso. Tais lantejoulas não passam de isca lançada pelas esquerdas aos incautos, numa tentativa de cooptá-los para a revolução social que os conduzirá ao ódio a Deus e à sua santa Religião.
O Brasil de ontem, de hoje e de amanhã - I e II


Pe. David Francisquini
Quando ainda seminarista, presenciei –– numa casa paroquial do interior do Paraná –– dois sacerdotes conversando sobre o Conselho Indigenista Missionário. Não sabendo exatamente do que eles tratavam, colocaram-me ao corrente de suas novas incumbências junto ao órgão recém-criado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil): o indigenismo.

Surpreso, pois não havia índios por lá, e sequer eu vislumbrava o rumo que o clero tomaria na década de 70, quando me cai nas mãos um livro de autoria do pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira, com dedicatória: Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do século XXI.

Sua leitura veio trazer resposta à minha perplexidade. E observando hoje a celeuma sobre a demarcação de terras na reserva Raposa Serra do Sol e a drástica intenção do governo em expulsar de lá os produtores de arroz, bem como a crescente agitação na América Latina em torno da questão indígena, percebo quanta razão tinha aquele insigne escritor.

Com efeito, o ideal missionário de catequizar, semear o Evangelho, a fé, como fizeram Nóbrega, Anchieta e tantos clérigos que por aqui aportaram, não é mais compartilhado por elementos do clero de nossos dias. Eles promovem uma luta de classes sistemática e um ecologismo radical que ferem toda forma de civilização.

Ao constituir missões entre os índios, a Igreja evangelizava ensinando o que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou ao instituir a Santa Igreja Católica, isto é, expandir a fé e os princípios por Ele ministrados e consignados nas páginas do Santos Evangelhos.

Com a evangelização, os missionários faziam obra civilizadora em que os silvícolas se beneficiavam da ação da Igreja, constituindo uma civilização plasmada nos princípios cristãos da propriedade particular, da família, da constituição de cidades estruturadas.

Ali, deveriam levar vida digna e desenvolveriam suas qualidades a serviço de si e de outros, além de criar ambiente propício à salvação eterna e à glória de Deus.

Ao contrário do ideal católico, a neomissiologia prega o desmantelamento da família e da sociedade contemporânea, a extinção do pudor e a morte da tradição cristã. Os novos propulsores desse ideal acusam de tirano, opressor, sanguinário e ladrão o branco que veio para a América.

Eles acusam os missionários e os colonizadores que exerceram missão sagrada, como o Bem-aventurado Padre Anchieta, homem de grande santidade, que obteve notável êxito junto às tribos indígenas. Eles pregam o comunismo-tribal que se ufana de ser mais comunista do que o próprio comunismo.

O que dizer de alguém que pretendesse implantar isso no Brasil? Talvez pudesse ser qualificado de um demolidor utópico que visa destruir a Nação, desmantelar a sociedade e levar o País ao caos, mais ou menos como já vem ocorrendo na Venezuela e Bolívia.

Os neomissionários –– acolitados por órgãos governamentais e não governamentais de todos os naipes –– ora empregando a força, a prepotência e a ameaça na tentativa de criar nações indígenas em nosso hinterland, conduzirão fatalmente o Brasil a uma revolução fratricida. Prometo voltar ao assunto em próximo artigo.

O Brasil de ontem, de hoje e de amanhã (II)




No artigo anterior, manifestei minha perplexidade – sobretudo enquanto sacerdote – diante do programa da neomissiologia adotada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Os próprios índios não querem ficar no estado em que se encontram. Em contato com a civilização, eles querem viver com dignidade, com saúde, com conforto e bem-estar.

Para entender o que se passa com a neomissiologia, é indispensável o leitor se ater a alguns pontos que a transporta muito além daquilo que Marx e Lenine propuseram. Ela se fundamenta num ponto totalmente falso, ou seja, o de acabar com todas as formas de individualidade, pois isso iria contra o bem comum.

Algumas tribos indígenas são antropófagas e seus membros acreditam que comendo o adversário incorporariam neles as “qualidades” do inimigo. No ser humano, é preciso fazer uma justa distinção entre a pessoa e o seu egoísmo, pois é falso concluir que o homem, vivendo e trabalhando para si e para os seus, seja egoísta e inimigo da sociedade e do bem comum.

A falsa solução que os neomissionários apresentam é que a salvação do “bem comum consiste em que a pessoa seja totalmente absorvida, padronizada e dirigida pela coletividade. Seria o único meio de nos evadirmos do caos infernal do egoísmo”. (Plinio Corrêa de Oliveira, "Tribalismo indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil do século XXI", Editora Vera Cruz Ltda., 7ª edição, São Paulo, 1979, p. 41)

Sob tal prisma pode-se compreender a celeuma em torno dos índios, em particular o que vem ocorrendo em nossos dias em Roraima. Não passa pela cabeça dos índios tal concepção, pois ela vai tão longe que nem mesmo o antigo regime soviético professava concepção tão coletivizada de sociedade como preconizam os corifeus da neomissiologia.

Os pregoeiros desse regime, com veemência furibunda, querem o desmantelamento do Estado e de todos os organismos que o integram. O Estado – conforme asseguram – deve desfazer-se em uma galáxia de corpúsculos mais ou menos justapostos e tão autônomos quanto possível. Daí, certamente, a reação do comandante militar da Amazônia, em recente pronunciamento, ao qualificar de caótica a atual política indigenista e atentatória à soberania nacional.

Já em 1560, o Padre Luis da Grã relata que convocou para uma reunião os chefes indígenas da Bahia e os fez comprometer-se, com um juramento, a respeitar quatro pontos: Não ter senão uma mulher; não se embebedar; não dar ouvidos aos pajés; não matar nem comer carne humana. Podemos assim avaliar o que já era naquela época a catequese, a pregação e o ensinamento tradicional junto aos índios. Consistia ela numa série ininterrupta de ensinamentos visando a integração dos indígenas na sociedade cristã.

Anchieta reconhece em carta de 1555 que os índios eram tão indômitos em comer carne humana e a não reconhecer a autoridade, que ele não via outro remédio senão a Europa enviar para cá gente para colonizar e civilizar os silvícolas. Hoje, o CIMI se envolve em luta de raças para conservar os pobres índios no estado de barbárie. Defendem a nudez deles como coisa normal, quando lemos no Gênesis que foi o próprio Deus quem confeccionou e ensinou nossos pais Adão e Eva a se cobrirem, após o pecado original e quando foram expulsos do paraíso.



E o CIMI teima em pregar o contrário do mandado de Jesus Cristo aos Apóstolos: evangelizar, ensinar, batizar e difundir a fé cristã a todos os povos da Terra, como condição para a salvação eterna de suas almas. Diante disto o que fazer?


Devemos rezar a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, para proteger nosso País da desintegração que o ameaça. Que Ela proteja e preserve os índios dessa neomissiologia; que Ela os converta; que Ela proteja todos os brasileiros e faça com que eles vejam e reajam à neomissiologia com a fibra de nossos antepassados, que expulsaram o invasor holandês-protestante, no século XVII.

Não seja incrédulo



Pe. David Francisquini



Os acontecimentos ainda recentes da Semana Santa impelem-nos a fazer uma reflexão sobre a Ressurreição gloriosa de Jesus e de fatos ocorridos logo após esta vitória fulgurante de Nosso Salvador.

Jesus repousou em seu sepulcro como outrora o profeta Jonas no ventre da baleia, mas seus inimigos O temiam. Cientes da profecia de sua Ressurreição, eles pediram a Pilatos que colocasse guardas junto ao jazigo, a fim de evitar que o corpo do Senhor fosse roubado. E eis que se deu um grande terremoto. O anjo do Senhor chegando à sepultura afastou a pedra, e sentou-se em cima dela. Seu aspecto era como de relâmpago, e os guardas quando o viram, ficaram apavorados e como mortos.

Ao recobrarem os sentidos, eles partiram céleres para o Templo, a fim de anunciar a Ressurreição do Redentor. Era a notícia que seus inimigos sequer queriam cogitar. Diante do fato, o que fizeram eles? Deram dinheiro aos guardas para espalhar a notícia de que o corpo do Redentor havia sido roubado enquanto eles mesmos dormiam. Santo Agostinho assim rebateu tal alegação: “Se dormíeis, como podeis ter visto os discípulos roubarem o corpo do Senhor?”.

Se os inimigos temiam a Ressurreição do Salvador, por que os seus discípulos –– testemunhas oculares de incontáveis milagres –– tiveram dificuldade em aceitar tal verdade? Quando as santas mulheres vieram trazer-lhes a boa nova, os Apóstolos foram tardos em crer na notícia. Por que agiram assim? Encontravam-se eles sucumbidos por tão profunda tristeza que, aparecendo Jesus aos discípulos de Emaús, estes não O reconheceram.

Para confirmá-los na fé, o Redentor lhes perguntou: “Que conversas são essas que mantendes pelo caminho, e por que estais tristes?”

Um deles disse-Lhe: “Só tu és forasteiro em Jerusalém, que não sabes o que ali tem passado nesses dias?”

E Ele disse-lhes: “Que é?”.

Responderam: “Sobre Jesus Nazareno, que foi um varão profeta, poderoso em obras e em palavras diante de Deus e todo o povo; e de que maneira os nossos príncipes e sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram”.

E só o reconheceram quando Ele “tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e lhes dava”.

Mesmo Jesus aparecendo e mostrando-lhes as chagas, os Apóstolos tiveram dificuldade em crer. Estavam obcecados pela idéia que lhes dominava o espírito, de que sua crucifixão e morte seriam a maior derrota para a causa do seu reino.

Ao lhes aparecer, foi necessário que Ele pedisse algo para comer. Trouxeram-lhe um favo de mel e uma posta de peixe. Para eliminar qualquer dúvida a seu respeito, Jesus comeu diante deles. Mesmo assim, Tomé, um dos onze não estava presente nesta aparição. Afirmou que só acreditaria se colocasse o dedo na chaga de Cristo ressurrecto: “Se eu não vir em suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o meu dedo no lugar dos cravos, se não meter a mão em seu lado, não acreditarei”.

Dias depois, estavam os Apóstolos de Jesus no mesmo lugar e Tomé com eles. Veio Jesus, estando fechadas as portas: “A paz seja convosco”.

E dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. E disse a Tomé: “Mete aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e mete-a em meu lado; não seja incrédulo, mas fiel”.


Tomé fez a profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”.

É oportuno consignar as palavras de Plinio Corrêa de Oliveira a respeito da Mãe do Salvador, por ocasião de sua crucifixão: “Mas há uma lâmpada que não se apaga, nem bruxuleia, e que arde só ela plenamente, nesta escuridão universal. É Nossa Senhora, em cuja alma a fé brilha tão intensamente como sempre. Ela crê. Crê inteiramente, sem reservas nem restrições. Tudo parece ter fracassado. Mas Ela sabe que nada fracassou. Em paz, aguarda Ela a Ressurreição. Nossa Senhora resumiu e compendiou em si a Santa Igreja, nesses dias de tão intensa deserção”.