Cigarro seguro?
Pe. David Francisquini (*)
Por ocasião do carnaval, mais uma vez o governo brasileiro agiu de modo irresponsável ao fazer grande estardalhaço com a difusão – segundo dados colhidos da mídia – de 80 milhões de preservativos, sob pretexto de “sexo seguro”, portanto, sem risco das chamadas DST, entre as quais a famigerada AIDS. A propósito, vi recentemente uma comparação que me pareceu bastante esclarecedora.
Trata-se de uma análise entre a campanha que vem sendo feita em âmbito mundial contra o tabagismo e, de outro lado, a campanha igualmente mundial contra a AIDS. A partir do momento em que autoridades mundiais concluíram que o uso do cigarro é perigoso para a saúde, os governos começaram a adotar todo tipo de medidas, inclusive recorrendo a leis.
Para quê? – Para desencorajar aqueles que fumam, é claro! Daí a proibição de se fumar em ambientes fechados e, hoje, até em lugares públicos. Nada mais eficaz. Ninguém ouviu falar de uma campanha nacional ou internacional para promover o “cigarro seguro” encorajando o uso de filtros capazes de reduzir o risco de câncer, insuficiência cardíaca e outras enfermidades decorrentes do fumo.
Com efeito, ninguém promove distribuição maciça de filtros para cigarros em escolas, em prisões como vem ocorrendo com os preservativos. Qual seria a razão? – Parece óbvia. Os promotores das campanhas contra o tabagismo são convictos que a abstinência do fumo constitui a maneira mais eficiente e eficaz para evitar as doenças decorrentes do fumo.
Por que então não se procede da mesma maneira em relação a AIDS? – Não. As mesmas autoridades que combatem as doenças provenientes do hábito de fumar insistem paradoxalmente em promover e patrocinar o dito “sexo seguro”. Quantas vezes ouvi o refrão nascido da sabedoria popular “para os mesmos males, os mesmos remédios”... Incoerência e contradição do século XXI?!
O que nossas autoridades deveriam fazer era, no caso da AIDS, advogar a abstinência, incentivar a fidelidade conjugal, desencorajando assim a promiscuidade. Por que não o fazem? – Infelizmente, essas mesmas autoridades rejeitam a castidade a priori, pois defendem uma cultura erótica, sustentam que o prazer sexual é um “direito humano”...
A Igreja Católica ensina que a castidade dentro e fora do casamento está de acordo com a Lei natural e a Revelação cristã e contribui para elevar o padrão moral da sociedade. Além de trazer benefícios para a saúde, ela é o meio mais eficaz para combater a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Mas por preconceito ideológico, a prática da castidade é simplesmente rejeitada.
A propósito, afirma a Congregação para a Doutrina da Fé: “A união carnal, por conseguinte, não é legítima se entre o homem e a mulher não se tiver instaurado, primeiro e de maneira definitiva, uma comunidade de vida (...). Para que a união sexual possa corresponder verdadeiramente às exigências de sua finalidade própria e da dignidade humana, o amor tem de contar com uma salvaguarda na estabilidade do matrimônio. Tais exigências demandam um contrato conjugal sancionado e garantido pela sociedade”. (Declaração sobre alguns pontos de ética sexual, 1976, Vozes, Petrópolis) Portanto, comete grave pecado todo relacionamento sexual que não seja entre pessoas legitimamente casadas.
A distribuição em massa de preservativos abre as portas para o amor livre, para a licenciosidade dos costumes, desencadeando chagas e desordens sociais em cascatas, verdadeiros tsunamis da moralidade pública e individual bem como da estabilidade social. Com isso se esvaece a ordem e sem ordem não há paz.
Nosso Senhor – e Ele é Deus – que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, que é o seu corpo místico. Nesse sentido, nosso Redentor se encontra junto a nós, enquanto Pai amoroso, predisposto a nos compreender, perdoar e até usar de clemência para conosco. Enquanto pastor de almas, tenho alertado os leitores sobre a inutilidade de um vigia cego.
Ao escrever essas linhas o faço com o espírito da caridade nos ensinada pelo próprio Cristo, que se encarnou, padeceu e morreu na Cruz pela salvação de cada um de nós. Pelos méritos dEle temos sede de almas, razão que me leva a estar sempre alerta perante o favorecimento da corrupção, difundindo ou incentivando o pecado que cedo ou tarde conduzirá a ruína da sociedade.
Quem viver, verá.
Pe. David Francisquini (*)
Por ocasião do carnaval, mais uma vez o governo brasileiro agiu de modo irresponsável ao fazer grande estardalhaço com a difusão – segundo dados colhidos da mídia – de 80 milhões de preservativos, sob pretexto de “sexo seguro”, portanto, sem risco das chamadas DST, entre as quais a famigerada AIDS. A propósito, vi recentemente uma comparação que me pareceu bastante esclarecedora.
Trata-se de uma análise entre a campanha que vem sendo feita em âmbito mundial contra o tabagismo e, de outro lado, a campanha igualmente mundial contra a AIDS. A partir do momento em que autoridades mundiais concluíram que o uso do cigarro é perigoso para a saúde, os governos começaram a adotar todo tipo de medidas, inclusive recorrendo a leis.
Para quê? – Para desencorajar aqueles que fumam, é claro! Daí a proibição de se fumar em ambientes fechados e, hoje, até em lugares públicos. Nada mais eficaz. Ninguém ouviu falar de uma campanha nacional ou internacional para promover o “cigarro seguro” encorajando o uso de filtros capazes de reduzir o risco de câncer, insuficiência cardíaca e outras enfermidades decorrentes do fumo.
Com efeito, ninguém promove distribuição maciça de filtros para cigarros em escolas, em prisões como vem ocorrendo com os preservativos. Qual seria a razão? – Parece óbvia. Os promotores das campanhas contra o tabagismo são convictos que a abstinência do fumo constitui a maneira mais eficiente e eficaz para evitar as doenças decorrentes do fumo.
Por que então não se procede da mesma maneira em relação a AIDS? – Não. As mesmas autoridades que combatem as doenças provenientes do hábito de fumar insistem paradoxalmente em promover e patrocinar o dito “sexo seguro”. Quantas vezes ouvi o refrão nascido da sabedoria popular “para os mesmos males, os mesmos remédios”... Incoerência e contradição do século XXI?!
O que nossas autoridades deveriam fazer era, no caso da AIDS, advogar a abstinência, incentivar a fidelidade conjugal, desencorajando assim a promiscuidade. Por que não o fazem? – Infelizmente, essas mesmas autoridades rejeitam a castidade a priori, pois defendem uma cultura erótica, sustentam que o prazer sexual é um “direito humano”...
A propósito, afirma a Congregação para a Doutrina da Fé: “A união carnal, por conseguinte, não é legítima se entre o homem e a mulher não se tiver instaurado, primeiro e de maneira definitiva, uma comunidade de vida (...). Para que a união sexual possa corresponder verdadeiramente às exigências de sua finalidade própria e da dignidade humana, o amor tem de contar com uma salvaguarda na estabilidade do matrimônio. Tais exigências demandam um contrato conjugal sancionado e garantido pela sociedade”. (Declaração sobre alguns pontos de ética sexual, 1976, Vozes, Petrópolis) Portanto, comete grave pecado todo relacionamento sexual que não seja entre pessoas legitimamente casadas.
A distribuição em massa de preservativos abre as portas para o amor livre, para a licenciosidade dos costumes, desencadeando chagas e desordens sociais em cascatas, verdadeiros tsunamis da moralidade pública e individual bem como da estabilidade social. Com isso se esvaece a ordem e sem ordem não há paz.
Nosso Senhor – e Ele é Deus – que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, que é o seu corpo místico. Nesse sentido, nosso Redentor se encontra junto a nós, enquanto Pai amoroso, predisposto a nos compreender, perdoar e até usar de clemência para conosco. Enquanto pastor de almas, tenho alertado os leitores sobre a inutilidade de um vigia cego.
Ao escrever essas linhas o faço com o espírito da caridade nos ensinada pelo próprio Cristo, que se encarnou, padeceu e morreu na Cruz pela salvação de cada um de nós. Pelos méritos dEle temos sede de almas, razão que me leva a estar sempre alerta perante o favorecimento da corrupção, difundindo ou incentivando o pecado que cedo ou tarde conduzirá a ruína da sociedade.
Quem viver, verá.
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