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domingo, 20 de março de 2011

Pertencer à Igreja (II)
                                                                        *Pe. David Francisquini


No artigo “Pertencer à Igreja”, procuramos mostrar o que é a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, o corpo místico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao nos referir à alma da Igreja, apontamos para o que ela tem de mais profundo, ou seja, a Fé, a Esperança e a Caridade, os dons da graça e do Espírito Santo. Todos esses tesouros celestes decorrem dos merecimentos de Cristo Redentor e dos Santos.
Por sua vez, o corpo da Igreja é representado pelo que ela tem de visível e externo, como a associação dos fiéis, o culto, o ministério, o governo e a ordem externa.
Ensina o Papa Pio XII na encíclica “Corpo Místico de Cristo”: “Assim como o Verbo de Deus para remir os homens com suas dores e tormentos quis servir-se de nossa natureza, assim, de modo semelhante, no decurso dos séculos se serve da Igreja para continuar perenemente a obra começada”.
Na sua obra Redentora, Jesus Cristo conquistou os merecimentos para a eterna salvação dos homens, mas não quis aplicar os méritos somente por meio de Si mesmo, mas com a ajuda de colaboradores. Por isso reuniu e formou os Apóstolos que auxiliados pelos sacerdotes governam, ensinam e santificam os fiéis.
“Não vos é segredo (...) que nesses tempos calamitosos foi desencadeada uma guerra cruel e temível contra tudo quanto é católico, por homens (...) imbuídos de doutrina malsã, fechando seus ouvidos à verdade, tem propalado e disseminado (...) doutrinas falsas de toda espécie, provindas do erro e das trevas”, alertou-nos Pio IX.
Pertencer à Igreja é coisa muito alta e muito árdua, já o dissemos. Na defesa da Igreja – de acordo com o aguerrido e virtuoso Pio IX – devemos fazer uso de todos os meios lícitos a nosso alcance, pois horroriza e confrange os corações considerar os monstruosos erros e artifícios inventados para prejudicar a Igreja.
Quer através de insídias e de maquinações, os inimigos da luz estão sempre se esforçando para apagar a piedade, a justiça e a honestidade. Eles lutam dia e noite para depravar os costumes, calcar aos pés os direitos divinos e humanos, perturbar a religião católica e a sociedade civil e até mesmo arrancá-los pela raiz como se lhes fosse possível.
Eles chegam mesmo a uma audácia jamais vista. “Abrindo sua boca e proferindo blasfêmias contra Deus” (Apoc. XIII, 6), eles ensinam pública e desavergonhadamente que os mistérios de nossa santa religião não passam de invenções humanas, que a doutrina da Igreja é contrária ao bem-estar da sociedade, e, se atrevem mesmo a insultar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo.
Já Leão XIII, na encíclica Divinum Illud, consignou que a Igreja nascera do lado do segundo Adão, adormecido na Cruz. Ela se manifestou à luz do mundo de modo insigne no célebre dia de Pentecostes. E nesse mesmo dia, começou o Espírito Santo a repartir seus benefícios ao Corpo Místico de Cristo.

2 comentários:

Blog Almas Castelos disse...

Muito boa essa postagem Parte I e Parte II. Faz bem a alma. A leitura é como uma oração, eleva a alma e o coração ao Alto.
Pe. David, obrigado por tanto bem que faz para nós, os catolicos.

Anônimo disse...

O sacerdote, diz um santo Padre, está colocado entre Deus e a natureza humana: traz-nos os benefícios que vem do Céu, e leva para lá as nossas orações; aplaca a cólera do Senhor e arranca-nos das suas mãos.
É por ministério dos sacerdotes que Deus comunica a sua graça aos fiéis nos sacramentos. — É mediante os sacerdotes que os recebe no número dos seus filhos no Batismo, que é de necessidade para a salvação:
Quem não renascer, não pode entrar no reino de Deus.
É por ministério deles que Deus cura os doentes e ressuscita os que estão mortos para a graça, isto é, os pecadores, no sacramento da penitência.
É por eles que alimenta as almas e lhes conserva a vida da graça, no sacramento da sagrada Eucaristia:
Se não comerdes a carne do Filho do homem, não tereis a vida em vós.
É por eles que dá aos moribundos a força para vencerem as tentações do inferno, mediante o sacramento da Unção dos Enfermos.
Numa palavra, diz S. Crisóstomo, sem os padres não nos podemos salvar.
S. Próspero chama aos padres os intérpretes da vontade divina.
O autor da Obra imperfeita apelida-os — os muros da Igreja;
Sto Ambrósio, exército ou campo da santidade;
S. Gregório de Nazianzo, os fundamentos do mundo e as colunas da fé.
Daqui a palavra de Sto. Euquério: que os padres devem, pelo vigor da sua santidade, transportar o fardo dos pecados do mundo.
Ó, como esse fardo é terrível!
Padre David não imagina o bem enorme que nos faz atravéz destas páginas com suas palavras.
As almas tem sede de padres Santos, porque ser santo é ser sério, coerente, puro!
Parabéns!