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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


O maior não existe para massacrar o menor

                                                                                                         *Pe. David Francisquini

Ao observarmos a natureza inanimada – mesmo sem nos aprofundarmos muito –, constatamos a existência de enormes diferenças entre um ser e outro. Existe nessa natureza toda uma hierarquia de beleza incomparável, que simboliza outra ordem superior – a natureza animada, composta por vegetais, animais irracionais e o homem.
Atirada ao solo, a semente viceja e se desenvolve ao mesmo tempo em que cumpre a função vegetal de servir aos seres animados, fornecendo-lhes abrigo, alimento e aconchego. Os seres inanimados proporcionam dessa maneira algo de sua perfeição aos seres animados.
A criação divina se revela de uma hierarquia perfeita e harmoniosa, pois a ordem das coisas é naturalmente boa. Todos os elementos da criação visível estão a serviço do homem, feito à imagem e semelhança do Criador. A Divina Providência rege de tal modo todas as coisas, que estas redundam na Sua maior glória.
        Simbolizando uma beleza superior, a beleza natural reflete, por exemplo, a ordem da graça que é a vida divina. O homem, ao contemplar a vitalidade da semente, poderá perceber todo o seu potencial de desenvolvimento.
Uma planta, ao surgir num lugar escuro, vai naturalmente à busca da luz. E o sol, por sua vez, não deixa nenhum lugar da terra sem lançar sobre ele sua luz e seus raios benfazejos. Sem o concurso do astro-rei, segundo Edmond Rostand, “as coisas não seriam senão aquilo que elas são”.
O sol provê às necessidades de todos: desde das águias do céu, passando pelas tênues borboletas, até os vermes da terra. E isso sem melindrar nenhum outro astro, pois o maior não existe para massacrar o menor.
        Se assim é a natureza, o homem – dotado por Deus de inteligência e vontade – é, queiram-no ou não os ecologistas, o “rei da natureza”, com uma capacidade ontológica que nenhum outro ser tem. Por isso, e a fim de indicar a vitalidade das boas obras, afirma o Salvador nas páginas das Sagradas Escrituras:
“Brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifique o vosso Pai que está no céu”; “vós sois a luz do mundo”; “vós sois o sal da terra”.
Há seitas protestantes que afirmam bastar crer para ser justificado, que basta aceitar Cristo para ser salvo, pois Ele é o único mediador, intercessor, advogado, o único que salva.

Convém ressaltar que há uma interligação em crer em Jesus Cristo e seguir as suas máximas com a devoção a Santíssima Virgem Maria, pois a Bíblia não é a única fonte de revelação. Outra é a Tradição, pois Jesus Cristo mandou pregar e não escrever.
Muitas circunstâncias da vida de Nosso Senhor foram reveladas pela própria Santíssima Virgem aos escritores sacros, como os fatos, as circunstâncias, o tempo, os personagens que envolveram a vida de Jesus Menino.
Tanto mais que o próprio Nosso Senhor entregou Maria a João evangelista, dizendo: “Eis aí a tua Mãe”. Portanto, todas as Igrejas que lograram a ventura de ter por bispos os apóstolos ou os seus discípulos, sagrados bispos por Ele, conservaram sempre uma devoção muito particular à Mãe de Deus e nossa Mãe.
Onde germinou a devoção a Nossa Senhora, a fé e a piedade foram conservadas, os bons costumes floresceram e prosperaram. Não basta crer, é preciso uma pública e solene profissão de fé. Infeliz é o cristão que se envergonha de sua santa religião.
Crê-se de coração para chegar à justiça, e confessa-se com a boca para merecer a salvação. Quem crê é aquele que vive a sua fé, conformando a sua vida com os mandamentos.

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