Limpar a poeira e tirar o mofo (II)
Pe. David Francisquini
Em recente artigo com o título em epígrafe, procurei
analisar a causa mais profunda da baldeação em massa de católicos das hostes da
Santa Igreja Católica Apostólica Romana para os renques protestantes, conforme as
estatísticas e segundo podemos observar em nossa volta. Ao retornar ao tema, convido
o leitor para considerarmos juntos alguns momentos da vida religiosa antes do
Concílio Vaticano II.
No Paraná, onde eu cursava o seminário, ouvi no sermão de
uma Sexta-feira Santa o bispo alertar os fiéis sobre a ação dos protestantes,
que à época percorriam as cidades de sua diocese batendo de casa em casa, a fim
de lançar dúvidas e sementes da cizânia na cabeça das pessoas.
Esses disseminadores da divisão entre as fileiras
católicas não tiveram ambiente para continuar seu proselitismo e acabaram por
deixar a diocese. Para reconforto dos fiéis, esse mesmo hierarca organizava as
tradicionais associações religiosas femininas e masculinas, e não raras vezes
promovia, em torno da catedral diocesana, manifestações públicas com a presença
de todas elas revestidas de suas respectivas insígnias.
Com entusiasmo, ouvi um zeloso padre contar-me ter feito um
debate público com os protestantes, mostrando-lhes não terem conhecimento de
Deus nem dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. As crianças de sua
paróquia sabiam mais sobre os ensinamentos divinos que os seus dirigentes.
Creio que falta hoje aos meus
colegas do clero o espírito polêmico e militante da Santa Igreja Católica.
Julgo oportuno trazer a lume o que diz São Pedro na sua primeira epístola, a
fim de esclarecer a responsabilidade do ministério sacerdotal:
“Apascentai o rebanho que Deus vos
confiou, velando sobre ele, não por constrangimento, porém, espontaneamente,
conforme a vontade de Deus; não por um ganho vergonhoso, porém, por dedicação.
Não vos porteis como senhores sobre a herança [de Deus], porém, tornando-vos um
exemplo para o rebanho do íntimo do coração. E quando aparecer o príncipe dos
pastores vós obtereis a coroa incorruptível da glória; e vós também, ó jovens,
submetei-vos aos mais velhos” (1Petr. 5, 1-11).
Podemos apalpar nessas santas palavras o reflexo e o
esplendor com que o guia de almas deve se dedicar em função da vocação para a
qual foi chamado. Aplica-se aqui a parábola do mau administrador que dissipou
os bens de seu senhor, pois ao conceder o pão da verdade e da verdadeira
doutrina, o sacerdote é na verdade o administrador dos mistérios de Deus.
Ademais, ele administra as águas que jorram dos sacramentos
e das cerimônias religiosas realizadas com sacralidade. Ele é o bom exemplo de conduta
digna e santa do seu estado sacerdotal; ele promove e cultiva a recitação do Rosário;
ele santifica no momento solene da bênção do Santíssimo Sacramento; ele instrui
na religião; ele entoa hinos e joga o incenso de bom odor a Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Com rituais que mais se assemelham ao protestantismo –
sem falar dos escândalos nos meios católicos – sacerdotes há que acabam preparando
o espírito dos fiéis para aceitar a doutrina errada. Ora pregam pouco a devoção
a Nossa Senhora; ora descuram da água benta e das devoções externas, como o uso
da medalha de São Bento e da Medalha Milagrosa; ora não arranjam tempo para atender
devidamente às confissões e preparar as instruções religiosas; ora enfim,
omitem o dever de falar de Deus e da alma, do prêmio e do castigo, da mudança
de vida e do combate aos trajes modernos e imorais que pervertem os costumes
das famílias e invadem até os ambientes religiosos.
O que mais estarrece são as heresias e a perseguição àqueles
sacerdotes que querem portar a sua batina e celebrar o rito tradicional da
missa tridentina, o qual nunca foi proibido, como afirma Bento XVI no Motu Próprio Summorum Pontificum.
2 comentários:
Eis a pura verdade que deve ser lembrada e declarada com a isenção de ânimo própria àqueles que a relatam por amor de Cristo, por zelo à Sua Santa Igreja e à salvação das almas.
Penso, em minha modesta opinião, que o grande São Luís Grignion de Montfort nada acrescentaria à essência do que acima está escrito.
É com entusiasmo, Pe. David, que o cumprimento pelo belo artigo.
POR ISSO NÃO PODEM SALVAR-SE AQUELES SABENDO QUE A IGREJA CATÓLICA... Catecismo Católico, n° 846
A Igreja não perde fiéis, mas de quem se diz católico, de falsos membros, como os pertencentes à Teologia da Libertação e (ou) do PT, desconhecedores dela e sua fundamentação teológica, de Jesus, Ele mesmo, veja Cl 1, 18; Cl 1,22, Ef 1.22-23 e 1 Cor 12.,12+ etc., cujo número confiável, sabedor do por que de ser pertencer à Igreja é muito baixo. Prova-o e existirem tantas injustiças e muita participação de supostos católicos, inclusive aliando-se a seitas, espiritismo, maçonaria, partidos socialistas e comunistas e à subsidiária esquerdista Teologia da Libertação-Marxismo Cultural, a TL-MC, e a outras incompatibilidades na fé da Igreja.
É muito relativo o crescimento evangélico: subdividem-se em dezenas de milhares de partidos religiosos oriundos do dissenso, criminoso e Rosacruz Lutero, onde interpretam como quer ou convém a Bíblia; até a aceitação homilia do pastor é submetida a crivo pessoal. Há-as aceitando batismo de crianças, outras não; a Eucaristia, nalgumas é símbolo, noutras Presença Real e milhares de paradoxos e sendo sectários acusam-se mutuamente de hereges!
Quase todas assemelham-se a centros espíritas: histeria coletiva, aparentes transes, expulsão de supostos maus espíritos para curas - ao se enfermarem os pastores não convocam outro pastor para expulsão do diabo em si, vão ao médico... Afinal, que evangélicos são esses? Antes, não eram católicos de fato; agora facções desagregadas, reunidos fisicamente porém com as mentes e os corações distantes uns dos outros, apenas imenso volume de conhecidos, sem qualidade alguma, uma massa disforme; de fato, cada um por ser doutrinario-exegeticamente independente é uma micro-seita! Onde há 200 adultos, há 200 seitas! Em Mt 12,25 ...reinos divididos contra si mesmos...", aglomerados religiosos acéfalos, ultra relativistas, servindo-se em um imenso restaurante sectário, "self-services", com cardápio doutrinário à escolha de cada cliente.
Ainda: nas facções evangélicas migram de seita em seita, sempre se batizando - um pastor de uma aglomeração não confia no outro - à procura de uma "grupo melhor, mais ideal". Há-as aprovando aborto, outras adultério, outras homosexualismo, etc. E a evangelização é a critério pessoal: uma imensa babel, tudo na absoluto relativismo bíblico-hermenêutico! Que qualidade e vantagem há nisso?
Aliás, certos supostos católicos, por sinal infiéis, indesejosos de mudarem-se, o lugar ideal seja nas seitas; sentir-se-ão à vontade nesses amontoados religiosos disformes, vazios como eles, apropriados a ignorantes, egoístas, soberbos. Aliás, aí permanecer ou montar outra seita para si dá no mesmo.
Há vantagem na atual massa católica alheia à Igreja e a Deus, votando no comunista PT, implantando leis anticristãs como aborto, adultério, homossexualismo; por ex.: o kit gay: ensinando desde cedo seu filho e filha a se imiscuirem a eles e, quem sabe, transformar sua residencia em ponto de encontros... etc., como os adeptos da esquerdista Teologia da libertação que ensinam a doutrina católica subvertida em laboratorios de engenharia social, sutilmente socializada sob a ideologia marxista?
O pior é que os comunistas, materialistas e ateus foram eleitos por muitos alienados e católicos(?)...
1 Jo 2,19: Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos teriam permanecido conosco. Aos rebeldes, indesejosos de se mudarem, pseudo católicos, há diversas seitas protestantes ao bel gosto adaptada às conveniências; ainda não se foram, que esperam?
Veja no "You Tube" pastores evangélicos como "se amam" acusando-se mutuamente de pertença à maçonaria como o aprovador doa borto o Edir Macedo dono do PRB, aliado do PT.
Aliás, ninguém que se apresente como cristão deveria votar em nenhum dos 2 partidos.
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