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domingo, 10 de novembro de 2013


Um escândalo, uma contradição, um erro

*Pe. David Francisquini

 

            Vimos em artigo precedente que regular o comportamento humano pela sensibilidade equivale recusar a inteligência que iluminada pela fé pode conhecer verdades superiores como as reveladas pelo próprio Deus. Eis a razão pela qual Caim foi censurado, pois foi lhe dito que possuía as rédeas nas mãos para dominar os seus instintos animais.
            Lastreado em ensinamentos do Papa Pio IX, tratamos ainda do bom entendimento entre a inteligência e a fé, além de das relações entre ciência e religião, concluindo que a ciência não pode dominar nem prescrever o que se deve crer e aceitar em matéria religiosa.
            Acenamos ainda para a teoria modernista ao afirmar que a contínua transformação de tudo obriga a Igreja a se adaptar à realidade dos fatos do tempo, não podendo condenar seus erros e vícios, procedimento este que vem causando enorme prejuízo à grei de Nosso Senhor Jesus Cristo.
            Hoje, encontramo-nos rodeados do permissivíssimo mais desbragado em nome da teoria “é proibido proibir” que baliza
todos os campos do pensamento e da ação do homem. Com efeito, não se condena mais nada, pois não há distinção entre verdade e erro, bem e mal, belo e feio quer nos ambientes quer nos costumes.
            Os erros condenados outrora por muitos Papas extravasaram dos limites temporais e de há muito atingiram a sociedade espiritual, com sua nova concepção sobre sacramentos, culto, exegese, pastoral, pois tudo deve ser feito segundo os impulsos internos das pessoas.
            São Pio X ensina que os inimigos da revelação divina ao exaltar o progresso humano, visam introduzir na religião católica um aperfeiçoamento puramente humano, pois julgam que a revelação não é perfeita e, por isso, está sujeita ao progresso contínuo da razão.
            O Concílio Vaticano I afirmou que a doutrina da fé revelada por Deus não é sujeita à razão humana para ser aperfeiçoada, mas é um depósito confiado à Igreja que a guarda com fidelidade e a propõe com infalibilidade.
            Em recente advertência, aliás muito oportuna, o cardeal
Raymond Leo Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, numa entrevista ao periódico mensal “Catholic Servant” dos Estados Unidos nos orienta: “Não combatemos adequadamente os erros modernos, porque não nos foi ensinada a fé católica, sobretudo na profundidade necessária para enfrentarmos os graves males do nosso tempo. Uma falência da catequese, seja a catequese (...) realizada nos últimos 50 anos”.
             Ainda sobre a moleza dos católicos em combater o erro, o cardeal afirma que a exaltação da virtude da tolerância falsamente concebida conduz a tolerar ações imorais, a ponto de parecer que apoiamos a moral equivocada.    A tolerância é uma virtude, mas a principal que é a caridade. E caridade é falar a verdade, especialmente a verdade sobre a vida humana.
            E acrescenta que devemos condenar estas ações, “pois estão em desacordo com a própria natureza, como Deus a criou.” É preciso dizer, nota o cardeal, um basta “ao falso sentido de diálogo que se infiltrou também na Igreja. Não é mais possível reconhecer publicamente aqueles que apoiam violações abertas à lei moral, nem render a eles quaisquer tipos de honras. Isto é um escândalo, uma contradição, um erro”.

Um comentário:

Renan disse...

É porque hoje se idolatra O NIILISMO DA DITADURA DO RELATIVISMO!
Acredito que está em alta uma grandíssima hipocrisia, em nome de algo oculto: não se podem falar certas verdades, como mulheres comparecendo incovenientemente às S Missas, por julgarem que estão "Respeitando, para não a constrangerem, incomodarem...".
Fui à S Missa de certo idoso zeloso vigário que colocou um cartaz á porta de sua igreja de como as mulheres devem se vestirem às Missas e como não e, à hora da S Comunhão, avisa pelo alto falante: as mulheres que se vestem de tomara-que-caia, ou costas de fora, shortinhos, collants, decotadas etc., gentileza não comparecerem à fila da S Comunhão por estarem indevidamente vestidas e não pecarem ainda mais, coisas assim.
Nesse dia, à hora da homilia, versava sobre casamento, divorcio, educação de filhos etc., além de marretar os casais em 2ª união - disse: nada de 2ª união, é relativismo, uns amasiados, correndo serio risco de irem para o inferno - são péssimos exemplos para os filhos, parentes, vizinhos; traidores da fé, comparados a Esaú!
Se o Brasil atual católico(?) tivesse sacerdotes desse, hoje não estaria sob as patas dos comunistas, com votos e apoio de muitos religiosos e do povo que teriam colaborado para os subverter nas doutrinas relativistas das ideologias comunistas.
Aliás, não sei de como se arranjarão no Juízo Final de se dizerem católicos mas optando nessa vida serem governados por marxistas, como os do PT, PC do B etc...
Um aviso da Alta Venda Maçônica: "Lançai vossas redes como Simão Bar-Jonas; lançai no fundo das sacristias, dos seminários e dos conventos... e se andais com prudência nós vos prometemos uma pesca mais miraculosa que a sua". "Apartai o padre da sacristia, do altar, da oração, da virtude..." (De Nubius, chefe da Alta Venda; Padre T. D. o. cit. pg. 218, 219).
OUTRA PARTE DOUTRO TRECHO...
... Fazei corações viciosos e não tereis mais católicos. Apartai o padre do trabalho, do altar e da virtude, procurando com destreza que ele ocupe em outras coisas os seus pensamentos e o seu tempo. Tornai-o ocioso, glutão e patriota, e assim ele se fará ambicioso, intrigante e perverso... O que devemos empreender é a corrupção em massa, a corrupção do povo pelo clero e do clero por nós, a corrupção pela qual levaremos um dia a Igreja à sepultura. Ouvi ultimamente um dos nossos amigos rir filosoficamente dos nossos projetos e dizer: "Para abater o Catolicismo, é preciso começar por suprimir a mulher!" É verdade, mas desde que não podemos suprimir a mulher, corrompamo-la com a Igreja. Corruptio optimi pessima. O fim é bastante belo para tentar homens como nós... O melhor punhal para ferir a Igreja no coração é a corrupção" ( Padre Teófilo Dutra, "As Seitas Secretas" 213,2114, 219; Léon de Poncins - La F.'. M.'. Paris, 1936, pg 134-126).