“QUERO MEU BRASIL DE VOLTA”!
Pe. David
Francisquini*
No momento em que observo as
imensas multidões de patriotas, inundando as ruas das mais variadas cidades,
grandes e pequenas, não posso deixar de registrar o sentido comum ao imenso
vozerio que trazem a público, o brado “Quero meu Brasil de volta”!
Quero meu Brasil verde e
amarelo, não vermelho comunista; aquele das nossas matas, nossas palmeiras onde
cantam sabiás, aves que aqui gorjeiam como em nenhum outro lugar do planeta, do
litoral com lindas praias e das riquezas inesgotáveis, tão cobiçadas…
Quero o Brasil da esperança
e do futuro, que assim se autoproclama livre, como canta seu hino… Brasil de
natureza aprazível, clima único, do povo que se distingue pela bondade e
acolhimento, da diversidade das raças, mas sempre formando um só sentimento.
Esse povo, provocado a
limites extremos como foi, proclama alto e bom som um vigoroso NÃO ao
comunismo, ao socialismo e à indefectível corrupção que sempre os acompanha;
não admite a tenebrosa perspectiva, delineada pelas atuais circunstâncias, dos
que desejam apagar nossas tradições e valores. Valores que claramente nos
apontam um futuro, enquanto nação, caracterizado pela inequívoca missão
providencial de restaurar a civilização cristã.
As vastas aglomerações que
estamos presenciando, numa intensidade inédita na nossa História, evidenciam
aos olhos atônitos do mundo inteiro algo que ficava difuso, embora sempre
marcante: as melhores características que nos legaram nossos pais portugueses,
que sonharam, junto com Vieira, “um imenso Portugal”; além das belezas
naturais, a beleza indizível da personalidade única, pacífica, alegre, gentil e
solidária.
Recorda-me tal visão a
arguta observação de um sacerdote amigo citando o Pe. Vieira “Deus nos
criou para que amássemos uns aos outros, não para que amassemos uns aos
outros”.
As atuais amaeças petistas à
essência de nossa Pátria despertaram nosso antigo patriotismo, que andava
dormitando há tanto tempo; recordaram-nos os versos de nossos hinos, como o
do “amor febril pelo Brasil”, se algum dia a Pátria amada for
ultrajada, “lutaremos até morrer”…
Ao despertar o
conservadorismo essencial da alma brasileira, efeito inesperado se fez notar:
veio à luz o quanto havia de comum em tantos setores de
nosso establishment, que antigamente se digladiavam pelo poder em nossa
vida pública. O povo então ficou sabendo que eram todos uma coisa só, no
intento de nos degradar.
E se viu quanto mais o
inimigo se articula contra nós, mais nos faz unidos, mais dispostos à luta,
para resgatar o que quase perdemos, o povo que sempre fomos, com todo o legado
que recebemos de nossos maiores; legado de fé, moral e caráter; da civilização
lusa dos grandes navegadores e combatentes, que enfrentaram os mares para
expandir o império e propagar a fé, evangelizar povos e conquistar novas terras
para Nosso Senhor Jesus Cristo.
Como fruto dessas
iniciativas, surgiu o povo brasileiro, com uma herança religiosa dos
descobridores que chegaram e transplantaram a mais nobre das vertentes também
nos povos que aqui habitavam. Vertente essa que culminou na conversão de
muitos.
Assim formou-se a alma do
brasileiro, e seu ideal católico se disseminou por todo território, levando
consigo uma psicologia única, que distingue a nação brasileira, quer na
catolicidade, quer no trato com as pessoas, no convívio ameno e afável, quer
nas questões morais, políticas e religiosas.
Assim somos hoje uma nação
diferente das demais, que sabe ouvir, acatar e somar com todos os diversos, e
quer que todos se sintam em casa; e que se sente feliz em poder ajudar. É o que
se notou nas manifestações festivas e pacíficas, anteriores e posteriores ao
pleito eleitoral.
Agora, encontra-se
preocupada com o que virá, sentindo-se injustiçada pelos procedimentos daqueles
que deveriam zelar pela nossa identidade e brasilidade. O tratamento grosseiro
e perseguidor feriu profundamente a nossa identidade cristã, que prima pela
caridade.
E o que foi e está sendo
visto? Um povo cordial e pacato aparecer cheio de indignação. Como lembrava
Plínio Corrêa de Oliveira em magistral análise de situação política análoga, ao
advertir, sobre este modo de ser brasileiro: “cuidado com os pacatos”!
Ao colocar goela abaixo, por
imposição despótica, alguém que não vê como legítimo representante para guiar
nossos destinos, um brado se ergueu e o Brasil inteiro disse não, pois não
quer aceitar interferências tão contrapostas ao nosso destino histórico.
Nota-se que as pessoas estão
determinadas a não deixar mudar os rumos da nação para a esquerda.
Impressionante observar os vídeos postados nas redes sociais, que passam de
milhões de visualizações; é agradável aos olhos contemplar a massa ordeira de
brasileiros vestindo verde e amarelo e empunhando a Bandeira da nação, deixando
em desconcerto o consórcio dos órgãos da velha imprensa.
Mídia velha e arcaica, que
deixa de anunciar eventos de tal envergadura, como os que se observa na frente
dos quartéis. Por ironia, recebi de um amigo uma foto num lugar público próximo
a Região Militar com os dizeres ”a mídia está onde está o público”. O
público estava lá há duas semanas, mas a mídia nunca esteve lá…
Vendo levantar-se o povo
brasileiro, relembro o que Nosso Senhor viveu no Horto das Oliveiras, quando,
no encontro com os seus inimigos, não titubeou. Com firmeza majestosa e
grandiosa no meio da tormenta, Ele afirmou categoricamente: Ego Sum!
Nos dias atuais, o Brasil
passa por uma situação dramática que reporta aos tempos de Nosso Senhor. Ao
ouvir a voz de Nosso Senhor, os inimigos se prostram por terra; nos tempos
atuais também chegará a hora em que os verdadeiros filhos de Deus irão agir, e
os seus inimigos não poderão mais mostrar sua maléfica força.
Chegará em breve a hora da
vitória! Nesse momento, com certeza Nossa Senhora intervirá e mostrará o quanto
tem dileção pela nação brasileira, a Ela consagrada. Intercederá decisivamente
junto a seu Divino Filho, por aqueles que honraram os seus rogos.
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