Hora das trevas? Hora da luz!
*Padre
David Francisquini
Minha
condição de sacerdote obriga hoje uma mudança de atitude na comunicação com
meus estimados leitores. Da habitual reflexão calma e ponderada, que visa
ilustrar mentes e elevar corações, a partir da observação desses borrascosos
dias em nossa Pátria, venho trazer um brado aflito e ao mesmo tempo confiante.
Há uma ameaça grave que precisa ser enfrentada com sabedoria e firmeza.
É
notório, as eleições do próximo domingo definirão o futuro do Brasil. Há duas
direções absolutamente incompatíveis, a do comunismo esquerdista, corrupto e
escancarado pretendendo voltar, como se tem dito, “à cena do crime”, por um
lado. E uma imensa onda indignada, a opinião da alma profunda dos brasileiros,
felizes com os rumos renovados de nosso País, que começa a voltar às suas
tradições cristãs e civilizadas.
Estávamos
bastante confiantes na inexorável vitória da luz sobre as trevas, nessa hora
que se aproxima. Até que um fator “novo” se levantou, e nos empurra fortemente
à frente de batalha pelas almas. Chamei de novo entre aspas, porque
nada há de novo nele. Reaparece a voz da famigerada esquerda católica, que
andava silente, em ilusória certeza de vitória, que os ímpios alimentavam em
sua insensatez.
Inspirada
na teologia da libertação marxista, infiltrada no clero e em parte da
Hierarquia eclesiástica nos últimos 60 anos, a rejeição que causava no povo
miúdo de Deus era tanta, considero eu, que por isso se calava. Agora bateu o
pânico, e se puseram a falar alguns de seus arautos, sempre daquele modo dúbio,
tanto ao gosto do demônio, que adora águas turvas.
Refiro-me
a inúmeras manifestações de sacerdotes, mas sobretudo à nota emitida pela CNBB,
verdadeiro sindicato que se apresenta como se tivesse autoridade, que na
realidade não tem.
Para
desqualificar a visita do candidato anticomunista e contrário ao aborto a Nossa
Senhora Aparecida, foi divulgada, no dia 12 de outubro, nota claramente
direcionada à política, como pode perceber qualquer leitor que se debruce sobre
o texto (veja: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/10/11/cnbb-divulga-nota-lamentando-exploracao-da-fe-e-da-religiao-na-campanha-do-2o-turno.ghtml).
Transcrevo
trecho: “Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por
todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral.” Nunca
falaram isso quando comunistas ateus recebiam sacrilegamente a comunhão em
períodos eleitorais. Não é difícil, tampouco, perceber a quem beneficia a
matreira advertência…
Ora,
a boa doutrina católica indica que cada cristão deve sempre proclamar a Cristo,
a confessar a fé! E um bispo responde somente ao Papa, que cumpre a tradição
apostólica de continuar cumprindo a tarefa que Nosso Senhor deu a Pedro:
apascenta minhas ovelhas.
Falei
em águas turvas, indico onde estão: nas palavras pretensamente sensatas
sugerindo que não se misture religião com política! Estavam calados enquanto se
propunha abertamente as pautas comunistas de paganização do povo, via
destruição da família – aborto, sexualização infantil, liberação do consumo de
drogas. Abrem agora um feio bico de corvo, para dizer que religião nada tem a
ver com política. Claríssimo, não?
Com
a perspectiva de fragorosa derrota dessas pautas tão queridas, na reta final da
campanha, mobilizam-se para tentar as almas menos fervorosas, os católicos
acomodados. Visam também os homens de bem, que desenvolveram asco pelas
manobras políticas, sem perceber que os tempos mudaram, como ficou claro na
expressiva votação de jovens conservadores para os próximos parlamentos, no
primeiro turno.
Para
aqueles lobos com pele de ovelha, agora se deve ignorar o imperativo religioso,
de não pactuar com os crimes que governos comunistas promovem onde dominam.
Poupo os leitores de maiores demonstrações do que acabo de afirmar, embora não
possa me calar sobre a paixão da Igreja na Nicarágua, onde sopram agora os
ventos mais fortes da perseguição…
Também
não seria necessário me estender sobre a literal destruição da Argentina e da
Venezuela, que breve se concretizará também na Colômbia, Chile e outros. Por
ali já venceu, espero que por curto prazo, o poder das trevas. É hora de
barrá-lo no Brasil.
Por
um imperativo de consciência, este é meu brado: Católico, diga NÃO ao
comunismo, à tirania e à paganização da sociedade no dia 30. Política é
SIM assunto de natureza moral; o poder civil, embora separado do âmbito
religioso, não é e não pode ser campo infenso à moral, não só dos católicos,
mas de todos os homens de bem. A Igreja ensina que o comunismo é contra a
razão, a Lei natural e divina. Portanto é intrínsicamente mau, e o católico não
pode votar em um candidato comunista, mesmo que seja aconselhado por bispos e
padres da Igreja Católica adeptos da TL. Vamos resistir.
Encerro
com um apelo aos que Deus inspire mais fortemente: contribuam levando alguém
com vocês no dia do voto. A Santíssima Virgem de Aparecida, padroeira de nossa
Terra de Santa Cruz, haverá de abençoar a todos os que se lembrarem d´´Ela
nesta Hora da Luz!
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