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terça-feira, 25 de agosto de 2015

E o fogo devorou os cedros da floresta
Padre David Francisquini

A devoção ao Imaculado Coração de Maria, cuja festa era celebrada no dia 22 de agosto, havia sido referida por Nossa Senhora em Fátima, quando Ela disse à Irmã Lúcia que Deus desejava estabelecer no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração. Para em seguida acrescentar: “Se abraçarem essa devoção, salvar-se-ão muitas almas”.


A fim de a compreendermos melhor, recorramos por um instante ao Livro dos Juízes.
Trata-se da referência à proclamação do rei Abimeleque pelos habitantes de Siquém e de Bet-Malo, reunidos à sombra de um carvalho.  Informado do acontecimento, o profeta Joatan se pôs a gritar do cume do monte Garazin: “Ouvi-me, moradores de Siquém, e que Deus vos ouça”. Era o mesmo profeta que, por meio de poética parábola repleta de ensinamentos, havia revelado que certo dia as árvores deliberariam entre si a escolha de um rei.


Todas as árvores se voltaram então para a oliveira, implorando-lhe que reinasse sobre elas. Mas ela replicou, dizendo que não renunciaria ao seu azeite para ficar acima de todas as demais. Recorreram então à figueira, que disse por sua vez que não renunciaria à doçura e aos sabores de seus frutos – algo extraordinário, de peculiar suavidade – para ser a rainha do bosque.


 Espinheiro branco (Acacia albida)
A videira também renunciou, pois não iria deixar de produzir com os seus frutos o vinho que alegra o coração dos homens. Nesse momento, as árvores se voltaram para o espinheiro, pedindo-lhe que reinasse sobre elas. E ele respondeu que, para ser constituído rei, implorava a todas as árvores que viessem repousar à sua sombra, pois do contrário sairia dele um fogo que devoraria os cedros do Líbano.


Projetando esta figura para os nossos dias, constatamos o que significa negar os apelos de Nossa Senhora de Fátima para a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração. Com efeito, hoje não há lugar na Terra onde reine a paz, pois, a partir da Rússia, o comunismo espalhou a dissolução moral, as guerras e a irreligião.


Seus erros se infiltraram em todos os ambientes, inclusive nos meios católicos. As pessoas perdem a cada dia o senso moral, e males como a ideologia de gênero, o falso casamento homossexual, o divórcio, o aborto, a eutanásia, o amor livre, enfim, todos os vícios e depravações vão adquirindo direito de cidadania, com leis que os protegem. Multiplicam-se os atentados contra a família, a propriedade particular e a livre iniciativa.


Sem dúvida, são os espinhos da parábola do profeta Joatan, porquanto o Ocidente capitulou diante dos erros da Rússia, que se apresenta sinistra e ameaçadora para com a humanidade pecadora. Se tivéssemos levado a sério os apelos de Nossa Senhora e abrigado sob o seu manto, mudado de vida, rezado diariamente o terço e praticado a devoção dos cinco primeiros sábados, o Brasil não estaria na encruzilhada em que se encontra.



Nosso Senhor disse: “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração”; “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. O Coração Imaculado de Maria é o símbolo perfeito do Coração de Jesus, puro e íntegro como um facho de luz que irradia luzes de esperança e de certeza. Sejamos fiéis às suas palavras e às de seu divino Filho e a suavidade e a bondade voltarão a reinar nos corações dos homens.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Zelo pelo Senhor Deus dos exércitos

*Pe. David Francisquini

Ao chegar às cercanias de Ars, no vale do Saône, na França, o peregrino descortina um panorama grandioso e fascinante, evocativo de muita paz e muita bondade, que coexiste harmoniosamente com o heroísmo decorrente de grandes feitos de seu glorioso passado. Apenas mais um cenário francês?  – Não! Ali viveu e santificou-se um homem que foi proclamado padroeiro de todos os párocos do mundo, São João Maria Vianney, o Cura d’Ars.
Impossível não imaginar que naqueles belos campos cultivados, onde prepondera o trigo, camponeses não contemplassem a figura do Pe. Vianney caminhando por ali e desfiando as contas de seu rosário em conversa com Deus, com sua Mãe Santíssima, os Anjos e os santos, louvando e pedindo pelo bem das almas a ele confiadas.
Numa circunstância dessas, uma jovem passa por ele na estrada. Com perfil ascético, esquelético mesmo, olhar profundo, observador sutil, capaz de penetrar os corações e as consciências dos interlocutores, ele se dirigiu a ela e admoestou-a de modo peremptório, dizendo-lhe que se não mudasse de vida certamente se condenaria. Ao que ela respondeu: – Mas eu não quero ir para o inferno. Vou me confessar.
O santo retrucou: – Não adianta se confessar se você não fugir das ocasiões próximas de pecado. Confessando-se, você vai voltar para a sua região e continuará levando a mesma vida pecaminosa. Assustada, ela lhe perguntou: – Então, para mim não há mais jeito? O padre Vianney aconselhou-a a vender o que possuía e se mudasse para Ars, pois só naquelas condições ele a atenderia em confissão. Assim ela fez, e seguramente encontrou o caminho da salvação.
Em outra ocasião, um camponês violador do preceito do descanso dominical, ao perceber que o Cura d’Ars vinha pelos campos na sua direção, procurou quase instintivamente esconder-se atrás de sua carroça cheia de feno, na tentativa vã de defender-se do olhar contrafeito do santo, pois tinha consciência de que violava a Lei de Deus não guardando o dia do Senhor.
Com bondade paternal, o virtuoso padre chamou sua atenção, dizendo-lhe que aquela carroça simbolizava o transporte de sua alma para se queimar nas regiões eternas... E prosseguiu silencioso seu caminho por aquelas paragens, sempre rezando, meditando na bondade de um Pai que tudo criou para o bem dos filhos, e destes que se esquecem dessa infinita bondade.
Enquanto isso, na sua pequena igreja, com os poucos fiéis que a frequentavam, ele podia avaliar a decadência religiosa advinda de outros tempos, de maus pastores que por ali passaram, de padres pouco zelosos e sem interesse de povoar o céu, de instruir as almas dos jovens, de formar as consciências para mais bem cumprir os desígnios de Deus e da santa religião.
Segundo seus biógrafos, sua grande luta foi contra a indiferença e a ignorância religiosa reinantes em sua paróquia. Às noites de sábado para domingo os jovens se aglomeravam numa taberna para beber, se divertir num salão de baile.
Para o Cura d’Ars não havia mandamento que o baile não violasse, pois assim como um muro cerca o jardim, assim os demônios estão em torno do baile. Para ele há tantos demônios quantos são os dançadores.
À época, poucos padres combatiam tão pernicioso divertimento. No dia a dia, o trabalho, sem descanso e intermitente, duro e exigente, preenchia a vida daquela gente, tão acomodada aos bens da terra. Quanto às coisas do alto, estavam longe de suas cogitações. O sino do campanário tocava em vão para aqueles ouvidos insensíveis e a igrejinha de Ars continuava vazia, ou quase tanto. O que poderia fazer um vigário que pregasse e desse o exemplo ilibado de vida sacerdotal?
Os habitantes de Ars tinham uma fala vagarosa que revelava uma vontade entorpecida, ávidos de bem estar, inflamados pelo prazer. Tudo era pretexto para se reunirem em torno de um violão ou uma sanfona e ali passarem horas em bebedeiras, cantigas, gargalhadas e danças. Padre Vianney não se conformava e fez propósito de não descansar enquanto não extirpasse as ocasiões de pecado de sua paróquia.
O zelo pastoral do Cura d’Ars fez com que em Ars o respeito humano fosse invertido: tinha-se vergonha de não fazer o bem e de não praticar a Religião. O que é um auge de vitória de seu apostolado! Ars tornou-se também um centro de piedade e religiosidade.

Por isso, os peregrinos admiravam nas ruas da cidade a serenidade de certos semblantes, reflexo da paz perfeita de almas que vivem constantemente unidas a Deus. A cidade de Ars continua pequena, com cerca de 1.200 habitantes. Mas sua fama é demasiadamente grande mundo a fora, pois mais de 400.000 peregrinos a vistam anualmente. Com efeito, a verdadeira glória é a dos heróis e dos santos.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Não sem muita perplexidade

Pe. David Francisquini


A recente viagem de Dilma à Rússia
Submersa no volume morto da crise institucional brasileira, a presidente Dilma procura alívio em viagens ao exterior. Assim, ela acabou de visitar a Rússia, onde teria ido tentar consolidar acordos comerciais. Logo na Rússia de onde não se pode esperar muito além de suas aventuras expansionistas ideológicas – e mesmo militares, como aconteceu há pouco com a Ucrânia – mundo a fora.
Na sua comitiva se encontrava a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, representante da classe ruralista que numa circunstância da viagem pôs o gorro vermelho dos comunistas com a foice e o martelo... Mas o que teria levado a representante da nossa laboriosa classe rural a imitar Lula, Dilma, Marina quando colocaram o boné do MST?
Por acaso a nossa faceira ministra desconhecia a sentença de Lenine contra os proprietários rurais quando arengava que “a palavra de ordem difusa na massa sobre a repartição da terra serve a nós comunistas para tornar mais próximo o comunismo. Quando a vitória da revolução se completar, substituiremos aquela palavra de ordem por outra da ditadura comunista"?
Com efeito, o comunismo nega a propriedade privada, sobretudo a da terra, pois é nela em que manifesta de modo mais arraigado o senso de propriedade,. Por isso, o proprietário de terras costuma ser comparado a uma árvore, onde ele deita raízes e, de lá, só sai morto...  Foi por isso que o comunismo na Rússia fez milhões de vítimas para implantar a sua desastrada Reforma Agrária.
Será num país como a Rússia – com um regime político e econômico corroído e decadente que, para a própria autoafirmação, tenta se apoderar da Ucrânia e de outros países vizinhos e, assim, reconstituir a antiga União Soviética – que o nosso governo vai procurar apoio? E o que fez lá a ministra da Agricultura senão o agourento papel de garota propaganda do comunismo?
Para informação do leitor, no site da revista Veja se encontra: Kátia Abreu se aproximou tanto de Dilma Rousseff que ganhou o cargo de ministra da Agricultura. Agora, em viagem à Rússia, ela deu mostras de que a guinada ideológica [...] é ainda mais radical. [...] Fez questão de exibir uma foto com o gorro típico dos líderes soviéticos”.
Ao me deparar com aquela que deveria representar a nossa laboriosa classe rural com o gorro comunista, e, não sem muita perplexidade, com o gesto do presidente boliviano Evo Morales presenteando o Papa – e ele recebendo o “presente” – com um crucifixo em forma de foice e martelo...  Isso me traz à memória mais uma vez as candentes palavras de Nossa Senhora em Fátima de que a Rússia espalhará os seus erros pelo mundo.
Recordemo-las: "Para salvar as almas dos pobres pecadores que vão a caminho do inferno, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. [...] Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes [...].
A teologia da libertação reabilitada voltou a pregar a luta de classes, as reivindicações sociais, econômicas e políticas, o que agravará ainda mais o cenário nacional e internacional. Que novas revoluções poderão ainda medrar deste contubérnio religioso-comunista para aflição dos homens que creem e temem a Deus?
Estas mesmas forças revolucionárias insistem em impor a chamada ideologia de gênero entre os brasileiros, a fim de golpear ainda mais a já combalida família. Com efeito, eles já não suportam sequer a desigualdade entre homem e mulher imposta por Deus através da natureza.
Até onde irão os revolucionários em sua sanha igualitária? De requinte em requinte esta metamorfose se processa do comunismo dito científico às investidas mais sorrateiras contra a ordem estabelecida pelo Criador.
Diante de tudo isso, o que pensar dos incautos e dos otimistas que acreditaram na morte do comunismo após o show midiático em torno da queda do muro de Berlim, da perestroika e congêneres?

quinta-feira, 2 de julho de 2015



ESTRANHA IDEOLOGIA

Pe. David Francisquini

       
 Plínio Corrêa de Oliveira, em sua obra-prima Revolução e Contra Revolução, desenvolve as noções de igualdade absoluta e liberdade completa, concebidas enquanto valores metafísicos. Elas exprimem o espírito da Revolução, movimento que visa destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas ou um poder ilegítimo.
         Para o revolucionário, o homem deve concorrer em tudo para que haja igualdade completa em todos os níveis, anciãos e jovens, patrões e empregados, professores e alunos, esposo e esposa, pais e filhos. Ele prega a igualdade absoluta, e a própria crença em Deus está descartada, negada e combatida, pois a desigualdade aponta para Deus.
         Chegou o momento de a Revolução dar mais um passo na sua sanha igualitária, impondo ao mundo inteiro a igualdade de gênero  a absoluta igualdade entre homem e mulher. A ideologia de gênero pretende estabelecer que ninguém nasce homem ou mulher, daí o absurdo de ninguém ser identificado como homem ou mulher. Cada criança deve escolher para si uma identidade sexual, e os pais não poderão se opor a isso, sob pena de serem incriminados. 
         O melhor caminho para isso é fazer a cabeça das crianças, e o governo brasileiro pretende implantar entre nós esse absurdo por meio delas. Sob a égide do PT – um partido revolucionário – pesa contra a Nação a ameaça de impingir a ideologia de gênero às cabeças inocentes das crianças.
         As diretrizes da educação, elaboradas pelo Ministério da Educação,
previam o ensino da ideologia de gênero nas escolas, mas foram rejeitadas pelo Congresso Nacional. O Ministério da Educação as reeditou, tornando-as meta obrigatória para todos os municípios. Por isso, todos os estados e municípios brasileiros estão sendo obrigados a apresentar os seus “planos” de educação, nos quais consta a ideologia de gênero. 

         Sendo uma questão religiosa e metafísica, ela é extremamente delicada, atingindo o homem no que tem de mais profundo do seu ser. Só mesmo pessoas com mentalidade perversa, igualitária, anárquica, revolucionária, podem querer subverter a esse ponto a noção de família, conduzindo-a à sua destruição, e com ela a de toda a sociedade.
         Com mais esta inadmissível ingerência do governo na instituição familiar, nossos filhos e netos poderão perder para sempre a noção filosófica da identidade do ser. Esta foi a identidade desejada por Deus ao criar homem e mulher, para a missão altíssima de propagar a espécie humana, povoar a Terra e o reino do Céu.
         A função principal do Estado é dar condições para o aperfeiçoamento e desenvolvimento dos planos divinos. No entanto, agindo em favor da ideologia do gênero, ele se volta contra o seu próprio fim, de modo totalitário. Alterando o próprio conceito que governa o homem, distorce os planos de Deus e abre o caminho para o que há de mais satânico – a imposição tirânica de uma ordem de coisas violentamente contrária à ordem natural.
         Vi recentemente alguns vídeos envolvendo a discussão do plano imposto pelo MEC às Câmaras Municipais, e pude perceber o rancor dos homossexuais contra a família tradicional. Ante as agressivas manifestações antirreligiosas de grupos favoráveis à revolução sexual, os vereadores parecem não saber como conduzir as reuniões sobre o assunto.
        
No horizonte, a perspectiva é de uma verdadeira guerra religiosa e moral, em que os revolucionários negam e procuram substituir conceitos consagrados em todos os tempos. Por ódio a Deus, que criou o ser humano com perfeição e para um altíssimo fim, querem afastar-nos do Criador e implantar em toda a Terra o que há de mais contrário a Ele.

         Os revolucionários querem suprimir a noção de bem e de mal, de verdade e erro, derrubar os fundamentos da religião e do próprio Deus. Pretendem suprimir o Decálogo, a própria expressão do que é a natureza humana. É o que estamos assistindo em nossos dias, nos debates do plano da educação municipal e estadual. E os prezados leitores são convidados a participar ativamente na rejeição a essas medidas inadmissíveis.

domingo, 14 de junho de 2015

Senhor Deus, a quem a vingança pertence

*Pe. David Francisquini

São Pedro Damião - Afirma que a Sodomia corrompe tudo,
mancha tudo, polui tudo. Obscurece a mente humana.
Ao ser ordenado pelo bispo com o sacramento indelével da Ordem, o sacerdote recebe um poder extraordinário de Deus, tornando-se ao mesmo tempo pontífice e vítima, ministro de Cristo e continuador de Sua obra. Ou seja, passa a ter um enorme poder de fazer bem às almas e combater o mal, com vistas a implantar na Terra a verdadeira ordem desejada pelo Criador e conduzir as almas ao Céu.
Sob a direção de seu bispo e em união com o Papa, o padre atua assim como representante de Cristo para propagar a Fé e o Evangelho, defender as almas e imolar-se por elas, as vinhas do Senhor, não poucas vezes atacadas por vespas e insetos, por feras e ventos adversos, por tempestades e furacões, com escândalos e desregramentos que as golpeiam satânica e impiedosamente.
É por isso que o sacerdote – e a fortiori o bispo ou o Papa – não pode ser indiferente a tudo que diga respeito à glória de Deus e à salvação das almas. E não pode se calar quando símbolos religiosos são publicamente escarnecidos, profanados ou quebrados, como aconteceu na recente manifestação homossexual realizada em São Paulo com o escandaloso apoio das autoridades municipais, estaduais e federais.
 O representante de Deus não pode omitir-se quando os protagonistas dessa causa espúria pretendem implantar a ditadura da violência e da intolerância em relação a todos os batizados que creem e professam a doutrina e a lei de Jesus Cristo. Se o fizer, tornar-se-á cúmplice deles pelo silêncio.
E se ele por acaso pensar que a família tradicional constituída por um homem e uma mulher será a única golpeada, e a parceria antinatural e infecunda promovida, equivoca-se, pois os inimigos da família a atacam por ódio a Deus e à Santa Igreja, cujos membros não serão poupados a certa altura do processo, a menos que prefiram a apostasia. Esta é a terrível lição da História!
Caindo fogo do céu sob Sodoma e Gomorra
O pecado perpetrado pelos homossexuais em São Paulo contra os principais símbolos da nossa Fé ofendeu particularmente a Deus. Por muito menos a mesma e irredutível História registrou o episódio do Levante das Estátuas, ocorrido em Antioquia sob o imperador Teodósio, que ao tomar conhecimento da mutilação das estátuas erigidas em honra dele e de sua esposa, enfureceu-se e puniu duramente aquele levante, qualificado por ele de lesa-majestade.
Se assim procedeu um rei em defesa de sua honra, o que imaginar do procedimento do Senhor Deus, a quem a vingança pertence, em relação aos
O blasfemo profere seus ultrajes contra Deus e os santos através de palavras, exemplos e atitudes, misturando a luxúria e o pecado contra a natureza com as coisas sagradas para golpear a Igreja, os cristãos e o próprio Deus. Ao exibir em via pública objetos sagrados do culto, como ocorreu nesse infeliz desfile, depreende-se o enorme pecado de blasfêmia cometido.

A fuga de Lot coma família e a destruição de Sodoma e Gomorra
Os seus fautores não ultrajaram apenas os homens, mas o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei dos reis. Este ultraje é crime contra a Sua bondade e grandeza, majestade e soberania, pois os blasfemadores chegaram a vomitar satanicamente que Ele também era homossexual. A maior parte dos pecados tem sua origem na ignorância ou na fraqueza humana, mas a blasfêmia vem da maldade do coração.

Deus perdoa o pecador, mas castiga terrivelmente o ímpio, o blasfemo e o profanador com a pena eterna do inferno; e muitas vezes a punição já começa nesta vida. Permaneça diante de nossos olhos o exemplo de Sodoma e Gomorra, uma lição viva da História a nos ensinar como Deus é justo ao premiar os bons e castigar os maus.