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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
*Pe.
David Francisquini
Bem
diferente de hoje era a atmosfera que circundava o Natal de outrora, quando a
maioria das pessoas ainda abria a porta de suas almas – que só podem ser
abertas pelo lado de dentro – para as graças próprias às comemorações do
Nascimento d’Aquele que veio a Terra para que fosse inaugurado o Reino da
bondade, do perdão, da misericórdia e da clemência.
Graças
que transcendiam o próprio ser e que se difundiam nos corações das pessoas o sentimento
da esperança e da certeza. Em sua unção, elas inundavam os ambientes com
louçania arrebatadora, razão pela qual todos, adultos e crianças, pressurosos, aguardassem
a Noite Feliz que nos deu tão grande Redentor.
O
fechamento das almas se deu em detrimento do espírito cristão radicado nas
virtudes teologais da fé, esperança e caridade; bem como nas virtudes cardeais
da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Tais virtudes debilitadas ou
mesmo extintas geraram desequilíbrios na psicologia dos homens, tornando-os
insensíveis às graças de bem estar e de benquerença.
Não
se levanta mais o incenso da oração; na sociedade, o trato cavalheiresco foi
substituído pela vulgaridade; a solenidade requintada e a elevação de alma
passaram a ser rejeitadas, pois não há mais caridade cristã, espelho do amor de
Deus trazido por Jesus Menino. Enrijecido, o homem não sabe mais o que representa
o Natal. Sem dúvida, isso decorre do desfazimento da família.
Para
ele, o que interessa é a fruição do momento, a avidez dos lucros, a sofreguidão
dos prazeres, a intemperança em fruir o ambiente e as circunstâncias que o
mundo neopagão oferece. No presépio, o Menino Jesus quase não é visitado. Passa-se
hoje de certo modo o que se passou com Herodes quando os Reis Magos lhe
perguntaram onde havia nascido o rei de Judá...
Se
os homens de fé foram vítimas de um processo diabólico de transformação até se
tornarem ateus práticos, tal processo ainda não atingiu o seu fim último. Com
efeito, o demônio não esmorecerá enquanto não extinguir na sua faina inútil de
destruir o que resta de cristão na face da terra. Há sinais espantosos desse
ódio que ronda o Menino do presépio.
Basta
ver, ouvir ou ler matérias de nossa mídia para constatar a animosidade da
perseguição aos cristãos do Oriente Médio, sendo eles perseguidos, massacrados,
mutilados, despojados de seus bens e até da própria vida. No Ocidente, essa perseguição
se dá por meio de leis que visam implantar um estado de coisas oposto aos
ensinamentos do Evangelho. Dói dizê-lo, mas sob o silêncio quase total dos
Pastores...
De
passagem, citemos o fanatismo de muitos no anseio infrene de impor uma
legislação abortista; estes mesmos fanáticos querem implantar o pseudo-casamento
homossexual, a legalização da prostituição, a liberação das drogas, a eutanásia
e tudo mais que vá diretamente se opor à doutrina e à Lei de Nosso Senhor Jesus
Cristo e da Santa Igreja.
Por
exemplo, a educação das crianças pelas mãos do Estado moderno com suas nefastas
consequências. A propósito, são oportunas as palavras do Profeta Jeremias referidas
por São Mateus: “Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações:
Raquel chora seus filhos e não pode se consolar, pois eles já não existem”.
De
acordo com São Jerônimo e São João Crisóstomo, os evangelistas e os apóstolos
quiseram expressar como hebreus que eram em sua própria língua, o que continha
no texto hebreu. A palavra Ramá quer dizer “voz que foi ouvida no alto, de
muito longe”, esta voz se referia à morte dos inocentes que se ouvia nas
alturas.
Isto
se aplica aos nossos dias em que a verdadeira Igreja Católica, Apostólica,
Romana – quase sucumbida pelas dores que os seus próprios membros vêm lhe
causando – mas como Mãe ela chora e lamenta a dores infligidas a seus filhos. Usquequo, Domine! Até quando, Senhor?
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
*Pe. David Francisquini
De repente, os pastores que cuidavam de suas ovelhas nos
arredores de Belém ouviram um canto magnífico: “Glória a Deus nas alturas, e
paz na terra aos homens de boa vontade”. Diante do inesperado, eles se
dirigem apressados rumo à manjedoura, onde encontraram o Menino reclinado e
envolto em panos, sob os olhares enlevados e vigilantes de Maria e José.
Segundo a tradição, a neve caía mansamente. Enquanto
todos dormiam no aconchego dos seus lares, um pobre casal se encontrava na
gruta fria, pois não encontrara guarida nem mesmo em casa de parentes, pois
José e Maria viviam em Nazaré e se encontravam ali em razão de uma obrigação
cívica, um recenseamento.
Noite de luz e
neve cobrindo a terra, circunstâncias ideais para se cantar a glória do Filho
de Deus que acabava de nascer para habitar entre nós, para governar a Terra,
conquistar as almas e lutar contra o demônio. Acontecimento tão espetacular que
espargiu alegria no universo inteiro e causou pavor nas hostes seguidoras de
Satanás.
Toda a natureza se regozijou em homenagem a Jesus que
acabava de nascer: as fontes se tornaram mais cristalinas e jorravam com
melodia encantadora de modo a elevar os espíritos; as flores desabrochavam mais
bonitas e exalavam inexcedível perfume em honra ao recém-nascido; as estrelas
brilharam com maior intensidade a fim de prestar justa vassalagem ao
Menino-Deus.
A despeito de ser noite, por todas as partes do mundo a
mesma cena se repetia. E em toda a Terra se cantou e ainda se canta: “Noite
Feliz, noite feliz. Oh! Jesus, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém. Eis na
lapa Jesus nosso bem, dorme em paz oh! Jesus. Dorme em paz oh! Jesus!”.
Estamos comemorando 2014 anos deste magno acontecimento
que dividiu a História em duas partes: antes de Cristo e depois de Cristo! Se
de um lado, como afirmou Santo Agostinho, podemos exclamar “oh feliz culpa
que nos mereceu tão grande Salvador!”, de outro devemos nos perguntar o que
fizemos do Sangue precioso do Redentor? O que resta de Cristandade em nossos
dias? Dói dizê-lo, mas o mal penetrou até nos lugares mais sagrados da Terra.
Creio ser bem o caso de repetir com Plinio Corrêa de
Oliveira as palavras contritas, mas plenas de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos,
que ele escreveu em ‘O Legionário’ por ocasião do Natal de 1946. Elas
serão por certo o melhor presente que podemos oferecer ao Menino Jesus neste
Natal:
“Vede-nos, Senhor, e considerai-nos com compaixão. Aqui
estamos, e Vos queremos falar. Nós? Quem somos nós? Os que não dobram os dois
joelhos, e nem sequer um joelho só, diante de Baal.
“Os que temos a vossa Lei escrita no bronze de nossa
alma, e não permitimos que as doutrinas deste século gravem seus erros sobre
este bronze sagrado que vossa Redenção tornou. Os que amamos como o mais
precioso dos tesouros a pureza imaculada da ortodoxia, e que recusamos qualquer
pacto com a heresia, suas obras e infiltrações.
“Os que temos misericórdia para com o pecador
arrependido, e que para nós mesmos, tantas vezes indignos e infiéis, imploramos
vossa misericórdia – mas que não poupamos a impiedade insolente e orgulhosa de
si mesma, o vício que se estadeia com ufania, e escarnece a virtude.
“Os que temos pena de todos os homens, mas
particularmente dos bem-aventurados que sofrem perseguição por amor à vossa
Igreja, que são oprimidos em toda a Terra por sua fome e sede de virtude, que
são abandonados, escarnecidos, traídos e vilipendiados porque se conservam
fiéis à vossa Lei.
“Aqueles que sofrem sem que a literatura contemporânea se
lembre de exaltar a beleza de seus sofrimentos: a mãe cristã que reza hoje
sozinha diante de seu presepe, no lar abandonado pelos filhos que profanam em
orgias o dia de vosso Natal; o esposo austero e forte que pela fidelidade a vosso
Espírito se tornou incompreendido e antipático aos seus; a esposa fiel que
suporta as agruras da solidão da alma e do coração, enquanto a leviandade dos
costumes arrastou ao adultério aquele que devera ser para ela a coluna de seu
lar, a metade de sua alma, "outro eu mesmo"; o filho ou a filha
piedosa, que durante o Natal, enquanto os lares cristãos estão em festa, sente
mais do que nunca o gelo com que o egoísmo, a sede dos prazeres, o mundanismo
paralisou e matou em seu próprio lar a vida de família. O aluno abandonado e
vilipendiado pelos seus colegas, porque permanece fiel a Vós.
“O mestre detestado por seus discípulos, porque não
pactua com seus erros. O Pároco, o Bispo, que sente erguer-se em torno de si a
muralha sombria da incompreensão ou da indiferença, porque se recusa a
consentir na deterioração do depósito de doutrina que lhe foi confiado. O homem
honesto que ficou reduzido à penúria porque não roubou.
“Estes são, Senhor, os que no momento presente,
dispersos, isolados, ignorando-se uns aos outros, entretanto, agora, se acercam
de Vós para oferecer o seu dom, e apresentar a sua prece. Dom tão esplendido na verdade, que se eles Vos pudessem dar
o sol e todas as estrelas, o mar e todas as suas riquezas, a terra e todo o seu
esplendor, não Vos dariam dom igual”.
domingo, 7 de dezembro de 2014
Uma mulher
vestida de sol
*Pe. David Francisquini
Pode-se
contemplar uma particularidade única no alvorecer quando se viaja de avião em
sentido contrário ao sol, ou seja, do oeste para o leste, no momento em que os
primeiros clarões do astro-rei rompem as sombras da noite. Em viagem recente
pude mais uma vez assistir a este espetáculo.
Como
sabemos, o movimento aparente das estrelas, e portanto do sol, é sempre do
oriente para o ocidente. Dessa luminosa impressão procurarei tirar algo que
torne claro o tema que pretendo desenvolver, ou seja, a conceição imaculada da
Mãe de Deus, cuja festa se celebra no dia 8 de dezembro.
A
convergência dos movimentos do avião e do sol torna efêmera a duração do
fenômeno, desde a sua primeira fímbria que refulge no horizonte – um
semicírculo à maneira de meia-lua – até se divisar o sol aspergindo luzes e ir
dando com elas forma às coisas.
Isso
era claro para os que estavam lá nas alturas, mas não para os que se
encontravam em terra. Estes não podiam contemplar o prodígio – privilégio dos
que voam, alegria e consolo dos pilotos – de ver nascer o sol e da maravilha
que vai se operando em toda a natureza.
Um
lindo panorama de se contemplar em ocasiões assim é a cidade do Rio de Janeiro.
Seria justo exclamar com Edmond Rostand: “Oh sol, sem o qual as coisas não
seriam senão aquilo que elas são!” É o cenário de quem contempla a Terra
com os olhos de Deus.
Da
forma mais sublime isso deve ter-se passado, por exemplo, com o profeta Isaías
no momento de anunciar a vinda do Messias, ao considerar toda a Terra em função
do acontecimento ápice em torno de uma Virgem, que se tornaria Mãe por obra do
Espírito Santo e daria à luz um filho, Jesus.
As
coisas na Terra eram insípidas, informes e incolores porque grassavam as
trevas, e levavam os homens a bradar: “Deus, ut videamus” – fazei com
que vejamos, implorando súplices a vinda do Prometido das nações.
Quadro comemorativo da proclamação do dogma da Imaculada Conceição |
Como
da aurora surge o sol, Maria é a aurora que anuncia o novo dia, o sol que
espalhará seus raios pela Terra inteira. Maria é a obra predileta de Deus, a
obra-prima da criação. Mais fácil seria separar a luz do sol do que Maria de
Jesus. E o Filho de Deus fez brilhar n’Ela as prerrogativas mais excelentes,
como da sua Imaculada Conceição.
Surgiu
no Céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol. (Ap. 12, 1). Maria
Santíssima refulge com um esplendor simplesmente inatingível por qualquer outra
criatura e se opõe à fealdade e à malícia do pecado, através do qual Satanás
procurou arrancar os homens das mãos de Deus.
O
demônio é o reflexo do que existe de mais feio e imundo, pois se revoltou
contra o seu criador e introduziu no universo criado a desordem e o pecado,
desgraças que levaram a humanidade a pecar por meio de nossos primeiros pais,
Adão e Eva.
Nossa
Senhora é a principal inimiga de Satanás e de suas potestades e sequazes. Filha
bem-amada de Deus Pai, Mãe admirável de Deus Filho e Esposa fidelíssima de Deus
Espírito Santo, Ela é terrível como um exército em ordem de batalha.
Tão
terrível, como diz Santo Afonso de Ligório, “porque Ela sabe bem como
ordenar o seu poder, a sua misericórdia e as suas orações para confundir os
inimigos em benefício de seus servos, que nas tentações invocam seu
poderosíssimo socorro”. (Glórias de Maria Santíssima).
“Maria
Santíssima é o grande, o divino mundo de Deus, onde há belezas e tesouros
inefáveis. É a magnificência de Deus, em que Ele escondeu, como em seu seio,
Seu Filho único, e nele em tudo o que há de mais excelente e mais precioso.”
Papa Pio IX proclamando o dogma da Imaculada Conceição |
Sobre
Ela escreveu São Luiz M. Grignion de Montfort: “É impossível perceber a
altura dos méritos que Ela elevou até o trono da divindade; que a largura de
sua caridade mais extensa que a Terra não se pode medir; está além de toda
compreensão a grandeza do poder que Ela exerce sobre o próprio Deus”.
(Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem).
Concebida
sem a nódoa do pecado original, a Nossa Senhora foram aplicados no instante de
sua concepção os futuros méritos de Jesus Cristo, seu divino Filho e nosso
Redentor. Por isso a Igreja canta: “Toda
sois formosa, oh Maria, e a mácula original não tocou em Vós. Vós sois a glória
de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra de nosso povo, a advogada dos
pecadores”.
sábado, 22 de novembro de 2014
Pe. David Francisquini
Uma das lições das urnas nas recentes eleições foi
mostrar a existência de algo promissor que se faz sentir tanto na vida pública
quanto na dos indivíduos em relação aos valores da instituição familiar e da
moralidade em geral. Na verdade, vem causando acentuado desconcerto na opinião
nacional a situação civil e religiosa na qual nos encontramos.
Se de um lado parece haver uma
máquina organizada para conduzir o país rumo ao caos, as recentes eleições
evidenciaram de outro lado a existência de uma crescente e atuante oposição que
tenta impedir o pior para o Brasil, ou seja, que ele se aprofunde cada vez mais
no despenhadeiro da decadência moral cujo último termo é a sua completa
bolchevização.
40 Mártires Brasileiros |
A expressiva votação no candidato da oposição – sem falar
dos milhões de brasileiros que se abstiveram por não se sentirem representados
por nenhum dos contendores – não pode ser creditada somente aos predicados do
senador Aécio Neves, mas à rejeição à forma e ao conteúdo do governo do PT, e
ao desejo de mudanças profundas na condução da nossa coisa pública.
Mudanças essas
sintetizadas num excelente documento difundido a mancheias durante o período
eleitoral pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, e apresentando ideias como
a defesa da vida humana inocente desde a fecundação até a morte natural, isto é,
o rechaço à legalização do aborto, da eutanásia e das drogas.
E o documento vai além, ao defender a família como Deus a
fez – um homem e uma mulher; ao condenar a intromissão do Estado no direito dos
pais à educação dos filhos; ao reivindicar a proteção às propriedades rurais e
urbanas, alvo crescente de invasões, em particular ao agronegócio, esteio de
nossa economia; ao rejeitar a sovietização do Brasil através de “conselhos
populares” e “movimentos sociais”.
Se o candidato da oposição recebeu votação tão
expressiva, isso significa que o Brasil real, verdadeiro, autêntico e cristão
anela por uma ordem de coisas superior e está pronto a defender uma ideologia
não concessiva. Alguém representativo do PSDB chegou a reconhecer que os
brasileiros inconformados lutam para destruir o PT, acusando-o de querer
implantar o comunismo no Brasil.
Padre Manoel Nóbrega |
Enquanto os políticos caminham para
rumos que o grande público desconhece – prova disso foram as recentes
declarações de Aécio Neves de que “não adianta me empurrar para a direita,
pois para lá eu não vou” –, o povo brasileiro está se despertando e
erguendo-se contra os descaminhos do atual governo, que vai conduzindo o país
rumo ao caos.
São Jose´de Anchieta |
Ao fazer a presente análise, não posso deixar de
ressaltar o papel da graça sobrenatural, de modo especial a de Nossa Senhora
Aparecida, que como Mãe e Rainha de todos os brasileiros quer nos salvar de
queda tão desastrosa provocada por aqueles que tentam desestabilizar a Nação e
conduzi-la para rumos opostos aos da sua vocação providencial.
Vejo nisso a ação profunda da evangelização conduzida por
homens da têmpera de Nóbrega e Anchieta, que tudo fizeram para que o Brasil
fosse inteiramente cristão. Graças que percorreram os nossos 500 anos de
história e que estão hoje presentes em entidades católicas que vêm atuando no
sentido de preservar a opinião pública dos erros do marxismo e da
degenerescência moral.
domingo, 9 de novembro de 2014
*Pe. David Francisquini
Dotada por Deus de qualidades, pendores e apetências, a natureza humana
possui uma perfeição naturalmente ordenada e tendente a um fim supremo,
absoluto e eterno.
Tomemos uma criança. Ela nasce constituída de corpo e alma, com ideias,
desejos e sensibilidade. Que formação ela deve receber para a educação de seu
caráter e de sua personalidade?
Apesar de o Batismo apagar a nódoa do pecado original, não elimina contudo
as más tendências com que toda criança nasce, tendências estas que a
acompanharão até o seu último suspiro: Militia est vita hominis super
terram", isto é, a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó, 7, 1).
De onde a necessidade imprescindível de toda criança ser educada
sobretudo pelos pais, dever ao qual eles nunca deveriam furtar-se.
Analisando-se uma criança, vê-se que sua principal tendência está
voltada para Deus, que ao criá-la dotou-a com o senso do “ser”, o qual a faz
confusamente sentir que, embora única, ela não se encontra sozinha no universo,
onde existem outros seres que lhe são semelhantes, a começar pelos pais.
Portanto, se ela e todas as coisas existem, haverá um ente dotado de
perfeições infinitas – Deus – que é a razão de sua existência e de cuja glória
participam todos os seres criados.
Mesmo sem fazer esses silogismos, a criança possui uma ideia de Deus,
porque todo ser tem unidade, bondade, beleza e verdade.
Se Deus assim criou os homens, o que faria o inimigo de Deus – o demônio
e seus
sequazes – para truncar os planos divinos? Procurará circundá-los de
contradições, incertezas, instabilidades, egoísmos, ideias de fruição. E na
criança, sem jogo de palavras, procurará trincar o cristal límpido da inocência
primaveril, através do qual ela contempla e ama a Deus nas coisas boas,
verdadeiras e belas.
Procurará ainda colocar no seu próprio ser, no íntimo que a governa, com
vistas a impedi-la de atingir o fim para o qual foi criada, a aflição, a
torcida, os caprichos, as intemperanças, enfim a desordem. Para quê? Para que
ela renegue a sabedoria divina fechando sua alma para a contemplação; para que
não possa admirar, por exemplo, a beleza de uma planta, de um pássaro, de um
rio cristalino, de um magnífico pôr do sol, e de relacionar isto com a outra
vida que é eterna.
A criança quando chora é porque sente falta de algo; quando ri é porque
está feliz, seja pela presença da mãe, seja pelo carinho do pai ou pela
aproximação de seus irmãozinhos. Assim ela se desenvolve em todo o seu processo
humano, tal como se observa numa semente que desabrocha, cresce, produz flores
e frutos. Essa maturação se dá no sadio, reto e virtuoso processo humano de uma
criança.
Mas ai daquele que escandalizá-la! Melhor lhe fora que se lhe pendurasse
ao pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse nas profundezas do mar.
O que me motiva escrever estas linhas é a minha indignação diante da
escandalosa quantidade de livrinhos da rede pública de ensino para a
(de)formação das crianças brasileiras, desde o maternal, passando pelo jardim
de infância e continuando mais além, estimulando-as à fruição de sensações, de
experiências desconhecidas do mundo infantil, numa palavra, habituando-as desde
a mais tenra idade ao mundo da prostituição, ao mundo todo posto no pecado,
conforme ensinou Nosso Senhor.
Seria este um conúbio espúrio do demônio com o governo do PT para
implodir a família enquanto instituição, não permitindo que os pais eduquem
seus filhos no caminho do bem, do verdadeiro e do belo, mas obrigando-os, pelo
contrário, a fazê-los percorrer um caminho inverso ao desejado pelo Divino
Salvador quando disse “deixai vir a Mim as criancinhas, porque delas é o Reino
dos Céus”? E, em outra ocasião, “ai daquele que escandalizar um destes
pequeninos”?
domingo, 26 de outubro de 2014
Pe. David Francisquini
Imaginemos dois contendores disputando uma
partida de xadrez cujo resultado signifique a vitória de um grande exército
sobre outro não menos qualificado. Um representa as hostes angélicas e os
homens bons, fiéis a Jesus Cristo. O outro, um precito que dispõe de riquezas,
honras, posição social, influência política, bem visto até em certos meios
religiosos.
Neste quadro, o bom contendor encontra-se em
franca desvantagem na partida, pois já perdeu peças importantes, e as que lhe
restam quase não têm espaço para se moverem. Seu adversário, que conta com
informações privilegiadas, apresenta-se seguro, além de possuir numerosa claque
que ora o aplaude, ora vaia o seu adversário...
A realidade num campo de batalha entre dois
comandantes não seria diferente. O exército que pugna pela Civilização Cristã
encontra-se sitiado e o inimigo move contra ele intensa guerra psicológica. Sua
situação é dramática. Qual deveria ser a estratégia do enxadrista ou do general
que quisesse reverter a situação e vencer o inimigo tão poderoso como
desleal?
Batalha de Rocroy |
O general tem assim desfraldada a bandeira de
Jesus Cristo, símbolo de todo o bem, de toda a verdade e de todo o belo; tem
seus dogmas, sua doutrina, suas leis, seus costumes e seus sacramentos; tem o
corajoso exemplo dos santos e das santas que pelejaram neste Vale de Lágrimas
contra o demônio, o mundo e a carne.
Nosso Senhor nos alerta para a importância da
clarividência e da perspicácia na luta: “Pois qual de vós, querendo edificar
uma torre, não se senta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem
com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces,
e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc 14, 28 a
30).
A missão do general é de salvar um grande
reino, e para isso ele luta pela ortodoxia e pela moralidade rechaçando o
adversário desse reino. É no exemplo desse hipotético general que o povo fiel
desenvolve sua infatigável luta contra o aborto, o casamento homossexual, a
eutanásia, a degradação dos costumes e a prostituição oficializada.
Em Fátima, Nossa Senhora apontou arma
indispensável e decisiva para essa guerra: a devoção ao Imaculado Coração de
Maria. Rezando a Nossa Senhora, e vigiando, não cairemos em tentação, pois,
como afirma São Pedro em sua epístola, o demônio é como um leão que ruge em torno
de nós, procurando a quem devorar.
O confronto imaginado acima entre dois
enxadristas e dois generais representa a luta religiosa de nossos dias, cujo
fundamento é a Fé. São Boaventura afirma que um capitão sitiado em uma praça e
que não pede socorro a seu Rei deveria ser tratado como traidor. Assim também
Deus considera aquele que, assaltado pelas tentações, não recorre a Ele em
demanda de auxílio.
Nesta batalha que ora se trava, o exército de
Cristo deve ter presente que a sua arma mais eficaz é a oração, a qual leva o
fiel a alcançar de Deus graças extraordinárias no momento trágico em que se
encontra a Santa Igreja. O oficial que não recorrer ao seu Rei – que lhe pode
enviar em auxílio sua milícia celeste capitaneada por São Miguel – e for
vencido, terá seu nome registrado no Livro da Vida como um traidor.
Como Nosso Senhor quer reinar neste mundo
depois desta grande batalha, e diante da impossibilidade de nossas forças
vencerem o inimigo, não nos resta alternativa: “Deus, in adjuntorium meum
intende – Senhor, vinde em meu socorro! Esta foi a atitude do Papa São Pio V
diante da ameaça maometana à Europa no século XVI. Rezou e convocou os fieis a
rezarem o Rosário pelo êxito dos exércitos católicos que se defrontavam com a
armada turca no golfo de Lepanto em 1571.
Batalha de Lepanto |
E Nossa Senhora atendeu a sua súplica e lhe
deu vitória estrondosa, que repercutiu em toda a Cristandade. A partir daí, a
Santíssima Virgem recebeu mais um título: Auxiliadora dos Cristãos.
*Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria -
Cardoso Moreira-RJ
sábado, 18 de outubro de 2014
Como as reformas culturais, sociopolíticas e
econômicas de um país envolvem questões
morais e, portanto, a religião e a salvação das almas, fazendo com que se boas forem
as reformas um número maior de almas se salva, e se más maior número se
condena, não posso deixar de manifestar-me alarmado com a atual condução dos
destinos do Brasil.
Assistimos ao espezinhamento sistemático dos
princípios morais e da família através de uma Revolução Cultural que está não
apenas destruindo o tecido social e as instituições do País, mas deformando as
mentes de nossas crianças e de nossos jovens pelo ensino sistemático de uma
realidade diametralmente oposta à verdade.
Nesse ensino, os defensores da Pátria, da moralidade
e do bem são apresentados como malfeitores, e os apátridas, os promotores da
imoralidade e do mal são tidos como benfeitores. Se isso não for impedido, no
final do caminho as crianças estarão colocando Deus entre os primeiros e
Satanás entre os segundos, e passarão a preferir o Inferno ao Céu.
Assim sendo, e à vista dos poucos dias que nos
separam da decisão final sobre quem será o nosso próximo Presidente, não posso
em consciência deixar de me pronunciar.
Invoco para isso a proteção de Nossa Senhora
Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, cuja festa celebramos no dia 12 do
corrente, pedindo-lhe que me inspire palavras justas que reflitam os
ensinamentos de seu Divino Filho, que não precisam de licença para penetrar na
sociedade temporal, pois tanto esta quanto a sociedade espiritual são suas
filhas.
Se a fé, a esperança e a caridade devem mover um
católico a promover o bem das almas e a boa ordem social, e também de lutar
contra o descalabro moral que carcome a instituição da família, o que dirá de
um sacerdote que por vocação foi chamado a guiar pela palavra e pelo exemplo o
rebanho de Cristo?
Movido pelo intuito de instruir o público fiel, escrevi os livros “Catecismo contra o aborto” e “Homem e Mulher, Deus os criou”, que vêm alcançando larga difusão. Nosso objetivo nessas obras foi de salvar o Brasil do crime nefasto da matança dos inocentes, configurado pelo crime do aborto, e do dito “casamento” homossexual, por constituírem “pecados que bradam aos céus e pedem a Deus vingança”.
Com efeito, uma nação peca quando suas leis, seus
costumes e sua cultura se contrapõem aos ensinamentos divinos e induzem os seus
habitantes a pecar. E o que é o aborto senão uma matança covarde de inocentes
indefesos no ventre materno? E o que é o casamento homossexual senão um pecado
contra a natureza criada e querida por Deus para o bem de seus filhos?
O grande Santo Agostinho afirma que o pecado de uma
nação deve ser punido aqui na Terra, pois ela não possui uma alma imortal para
ser punida depois da morte. Este foi o caso, por exemplo, de Sodoma e Gomorra,
cuja ignomínia está reproduzida nas Sagradas Escrituras.
Como o amor de Deus se estende às
nações e os seus pecados acarretam grandes males para os seus habitantes,
devemos zelar neste momento pelo Brasil, no momento em que estamos por decidir
se devemos manter este governo – que já deu provas cabais de seu desrespeito à
família e às Leis de Deus não apenas quanto às matérias acima, mas em muitas
outras –, ou se devemos tentar outro, menos comprometido com tais causas.
O aborto e a oficialização da sodomia visam à
destruição da família em terras brasileiras, e a candidata do PT tem em sua
plataforma política este programa intrinsecamente perverso, pois contrário a
Lei de Deus e da Igreja, além de configurar pecados que clamam a Deus por
vingança, como aconteceu, relembro, em Sodoma e Gomorra.
Na vida pública como na dos indivíduos, terríveis
germes de deterioração se fazem notar por todos os lados. Eles colocam em sobressalto os espíritos
lúcidos e vigilantes que querem um Brasil autêntico e íntegro, sem corrupção,
seguindo a lei moral consignada nos mandamentos da Lei de Deus e da Igreja,
respeitadora da lei natural.
Que Nossa Senhora Aparecida salve o Brasil dos maus
políticos!
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Pe.
David Francisquini
Para quem percorre o meio rural brasileiro, sobretudo em
minha região norte-fluminense, chamam a atenção as linhas férreas desativadas
rasgando as paisagens até se perderem de vista.
Sou levado a pensar a este propósito que um marco nos avanços que vinham
dos tempos do Império foi abatido, pois os interessados eram de um lado os
proprietários rurais, afanosos em fazer escoar a produção de suas terras, e de
outro lado o Estado, que proporcionava assim um meio de transporte mais
adequado aos tempos e às circunstâncias.
Barato e eficiente para todos os que viviam numa
sociedade heril, familiar e plena de bem-estar, o trem, ao se aproximar de uma
estação, despertava um ar de alegria, não apenas nos interessados em despachar
e receber seus passageiros e mercadorias, mas em todos da localidade, pois era
sempre portador de jornais, correspondências, enfim, de notícias novas.
Mas os tempos hoje são bem outros. Os trens foram
substituídos por ônibus, caminhões, carretas, aviões... todos movidos a
petróleo, em grande parte importado, meios caríssimos que concorrem não pouco
para o custo Brasil. Quanto às notícias, elas nos chegam em velocidades
siderais, como de costume as ruins em primeiro lugar, através da Internet, da
TV, dos celulares e das redes sociais...
Como não podia deixar de ser, os moradores do campo,
sobretudo os mais velhos, conservam ainda hábitos de outros tempos, como por
exemplo a manifestação de júbilo ao receber alguém em sua casa, quando falam do
tempo, das plantações e das criações como se fossem uma extensão de si mesmos.
Alguns fazem considerações sobre o lado misterioso de sua
lida com a terra, onde pululam enormes variedades da flora e da fauna. Para
essas pessoas, quem deu à terra sua fertilidade foi o próprio Deus, Ser supremo
e infinito que ao criar todas as coisas quis nos maravilhar com a variedade da
magnificência das criaturas.
Para o homem do campo, as elaborações mentais – mesmo
quando não inteiramente explicitadas – levam-no a considerações ainda mais
altas, até tocarem em Deus, único Ser capaz de prover os campos com a dádiva de
tantas riquezas e variedades próprias a alimentar o corpo e a alma dos homens.
Por efeito do pecado original, na mesma terra onde
vicejam as boas sementes, surge também a erva daninha, que com seus espinhos e
frutos amargos invade às braçadas a terra. E como é difícil combatê-la! Ela é
luz reflexa dos vícios que levam as pessoas a não viverem moralmente bem,
privando-as da amizade e da graça de Deus.
Diz o Evangelho: “O Reino de Deus é como um homem que
lança semente à terra; ele dorme e se levanta noite e dia, e a semente brota e
cresce sem ele saber como. Porque a terra por si mesma produz, primeiramente,
colmo, depois a espiga, e por último o trigo grado na espiga. Quando o fruto
está maduro, põe-se logo a foice, porque é chegado o tempo da ceifa.” (Mc 4, 26
a 29).
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
Levantai os olhos e vede os campos
Pe. David
Francisquini
Os campos de minha terra, outrora povoados, encontram-se
hoje ermos, esvaziados que foram pelo insano êxodo em busca das lantejoulas das
grandes cidades. As poucas casas que ainda restam apresentam
aspecto desolador, guarnecidas por uma vegetação rala que abriga parco rebanho.
Em visita aos fiéis da zona rural, encontrei amigos
velhos e velhos amigos, arraigados em suas terras como árvores frondosas. De raízes
profundas como estas, nunca abandonarão o local onde nasceram, a não ser mortos.
Ali, como de costume, tudo se desenrola dentro da
calma, do bom senso, da arguta observação da natureza, do senso psicológico e
da boa prosa que caracterizam o camponês. Além das estiagens, das pragas, dos
vermes e de uma exígua economia, ele sofre a falta de apoio dos órgãos do governo
e dos políticos, que só se lembram dele para exigir o cumprimento de excessivas
leis ambientalistas os primeiros, e de votos os segundos. “O que conta são os votos! E nós somos poucos”, sussurrou-me um.
Outro procura esticar a conversa: “A cada quatro anos uma eleição, promessas
para lá, promessas para cá, mas os que ocupam os cargos de direção do País
deixam a situação do jeito que está para ver como fica. E nós ficamos na mesma...
Aliás, eles também ficam na mesma com os mensalões, pedágios, propinas, altos
salários, safadezas de todos os lados. Para nós, só se fala nessa demagógica Reforma
Agrária que nunca reformou nada e nem vai reformar”.
Folga ouvir verdades daquelas pessoas simples, mas
honestas, que preferem estar de bem com sua consciência antes que roubar um vintém de quem
quer que seja. Seria chover no molhado responsabilizar os governantes pela sua
negligência em relação ao verdadeiro agricultor, enquanto muitos de seus
membros vestem o boné do MST.
O êxodo rural se deu em nome do desenvolvimento
induzido, com enormes prejuízos para as boas tradições, a família e a
propriedade rural. Dos lares bem constituídos de antanho foram os filhos saindo
para as cidades, desmembrando-se assim de seu antigo tronco, do qual provinha a
seiva que lhes dava a vida.
Triste e ao mesmo tempo cheio de consequências esse
abandono forçado pelas circunstâncias. Sendo a vida no campo mais orgânica e própria
às lides ininterruptas, ela forja o espírito do desbravador no caminho do dever
e da honra.
No contato com aquelas pessoas simples e amantes da
natureza, que veem nesta um reflexo de Deus, percebe-se que seus antepassados
foram almas virtuosas, que encaravam a vida não como feita para os prazeres
tantas vezes mentirosos que a grande cidade oferece, mas para seguir nesta
Terra as pegadas de Jesus Cristo e depois conquistar o Céu.
Pode-se perceber também, naquele ambiente crepuscular,
um lúmen de vitalidade que nos dá a certeza de um novo dia que raiará
fulgurante. Sente-se bem-estar no campo e na vida campestre, estado psicológico
adequado para que as bênçãos de Deus encontrem abrigo nos corações.
Ela é propícia à vida de oração e à obtenção das graças
de Deus, que as distribui mais profusamente onde reina o silêncio – “non in commotione
Domine”. E, como no campo a provação do tédio e da aridez costuma ser mais
frequente, ele é o lugar mais propício para o homem plantar e colher frutos para
a vida eterna. As mais belas passagens de Nosso Senhor não se referem à vida
campestre?
“Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje
cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?” (Mat.
6, 30). “Quando vedes soprar o vento do
sul, dizeis: Haverá calor. E assim acontece” (Lc. 12). Dizia ainda ao povo: “Quando
vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: Aí vem chuva. E assim
sucede” (Lc. 12, 54).
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses e vem a
colheita? Eis que vos digo: levantai os vossos olhos e vede os campos, porque
já estão brancos para a ceifa. O que ceifa recebe o salário e ajunta fruto para
a vida eterna; assim o semeador e o ceifador juntos se regozijarão” (Jo. 4, 35-
38).
Se o homem for fiel à Lei divina vivendo em estado de
graça, terá mais facilidade para ver as coisas criadas por Deus como luz
reflexa da infinita perfeição divina, o cumprimento de seus deveres tornar-se-á
mais fácil, e ele se preparará assim para seu fim último que é a vida eterna.
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