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domingo, 26 de outubro de 2014

Lutemos; Deus nos dará a vitória!

Pe. David Francisquini

Imaginemos dois contendores disputando uma partida de xadrez cujo resultado signifique a vitória de um grande exército sobre outro não menos qualificado. Um representa as hostes angélicas e os homens bons, fiéis a Jesus Cristo. O outro, um precito que dispõe de riquezas, honras, posição social, influência política, bem visto até em certos meios religiosos.  

Neste quadro, o bom contendor encontra-se em franca desvantagem na partida, pois já perdeu peças importantes, e as que lhe restam quase não têm espaço para se moverem. Seu adversário, que conta com informações privilegiadas, apresenta-se seguro, além de possuir numerosa claque que ora o aplaude, ora vaia o seu adversário... 

A realidade num campo de batalha entre dois comandantes não seria diferente. O exército que pugna pela Civilização Cristã encontra-se sitiado e o inimigo move contra ele intensa guerra psicológica. Sua situação é dramática. Qual deveria ser a estratégia do enxadrista ou do general que quisesse reverter a situação e vencer o inimigo tão poderoso como desleal? 
Batalha de Rocroy

Jesus Cristo, nas páginas do Evangelho, diz: “Qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se senta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?” (Lc 14,31). Nosso Senhor alerta os homens, dando-lhes os meios necessários não apenas no tocante à prudência, mas também à coragem para bem armar o seu o exército.

O general tem assim desfraldada a bandeira de Jesus Cristo, símbolo de todo o bem, de toda a verdade e de todo o belo; tem seus dogmas, sua doutrina, suas leis, seus costumes e seus sacramentos; tem o corajoso exemplo dos santos e das santas que pelejaram neste Vale de Lágrimas contra o demônio, o mundo e a carne. 

Nosso Senhor nos alerta para a importância da clarividência e da perspicácia na luta: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc 14, 28 a 30). 

A missão do general é de salvar um grande reino, e para isso ele luta pela ortodoxia e pela moralidade rechaçando o adversário desse reino. É no exemplo desse hipotético general que o povo fiel desenvolve sua infatigável luta contra o aborto, o casamento homossexual, a eutanásia, a degradação dos costumes e a prostituição oficializada. 

Em Fátima, Nossa Senhora apontou arma indispensável e decisiva para essa guerra: a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Rezando a Nossa Senhora, e vigiando, não cairemos em tentação, pois, como afirma São Pedro em sua epístola, o demônio é como um leão que ruge em torno de nós, procurando a quem devorar.

O confronto imaginado acima entre dois enxadristas e dois generais representa a luta religiosa de nossos dias, cujo fundamento é a Fé. São Boaventura afirma que um capitão sitiado em uma praça e que não pede socorro a seu Rei deveria ser tratado como traidor. Assim também Deus considera aquele que, assaltado pelas tentações, não recorre a Ele em demanda de auxílio. 

Nesta batalha que ora se trava, o exército de Cristo deve ter presente que a sua arma mais eficaz é a oração, a qual leva o fiel a alcançar de Deus graças extraordinárias no momento trágico em que se encontra a Santa Igreja. O oficial que não recorrer ao seu Rei – que lhe pode enviar em auxílio sua milícia celeste capitaneada por São Miguel – e for vencido, terá seu nome registrado no Livro da Vida como um traidor. 

Como Nosso Senhor quer reinar neste mundo depois desta grande batalha, e diante da impossibilidade de nossas forças vencerem o inimigo, não nos resta alternativa: “Deus, in adjuntorium meum intende – Senhor, vinde em meu socorro! Esta foi a atitude do Papa São Pio V diante da ameaça maometana à Europa no século XVI. Rezou e convocou os fieis a rezarem o Rosário pelo êxito dos exércitos católicos que se defrontavam com a armada turca no golfo de Lepanto em 1571.

Batalha de Lepanto
E Nossa Senhora atendeu a sua súplica e lhe deu vitória estrondosa, que repercutiu em toda a Cristandade. A partir daí, a Santíssima Virgem recebeu mais um título: Auxiliadora dos Cristãos.


*Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria - Cardoso Moreira-RJ

Um comentário:

Renan disse...

Recado aos bispos católicos.
Senhores bispos católicos, saibam que sua omissão em se posicionar contra o governo Dilma é responsável pelos 3 milhões de votos que tiraram a vitória de Aécio. Saibam também que os senhores serão os primeiros a sofrer a conseqüência disso. Sua covardia lhes custará caro, bem como aos católicos de nossa nação.
Estamos desorientados. Ovelhas sem pastor.
“Ai dos pastores de Israel que só cuidam do seu próprio pasto” (Ez. XXXIV,2).
Pe. Cristóvão.
Preferi colocar o acima do “Fratresinunum” pois acho que tem tudo a ver, à exceção de alguns poucos, pelo menos na net. Eis aí o segredo das vitorias seguidas do PT, dito até por Lula, que os religiosos adeptos do PT foram cruciais à sua ascensão e manutenção no poder, crendo eu que mais essa interpelação se dirigiu à CNBB que tem estado ao lado dos comunistas, sendo pessimamente conceituada na net, com toda razão.
No recente debate, até Dilma mencionou a OAB e a CNBB compartilham da "Reforma Política" patrocinada pelo PT e de mais esquerdistas, como CUT, MST, UNE, CONTAG e o comunista PT nasceu num dos braços da CNBB – nas CEB - havendo até altos hierárquicos, como D Hummes, que o tem Lula por amigo particular!
Onde Deus a Igreja são rejeitados, o diabo se apossa e esse caos resulta dessa apostasia!