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domingo, 24 de janeiro de 2010

Quem nunca ouviu a voz da consciência? I e II
 Pe. David Francisquini
Os bons formadores de opinião devem conhecer o mecanismo psicológico das paixões humanas, pois isso lhes facilitará o trabalho de persuasão de seu público alvo. Com efeito, há um fenômeno no panorama político-social, à primeira vista difícil de explicar para quem não tenha determinados pressupostos para elucidá-lo.
O que normalmente se passa na consciência individual pode-se aplicar à consciência geral. A consciência é como um sismógrafo capaz de acusar se uma ação é ou não permitida, pois a razão nos revela o conhecimento da lei e do dever. Exatamente como atividade da inteligência, a consciência pode ser conceituada como a noção do dever.
São Tomás de Aquino, o Doutor Angélico, chama de consciência a voz de Deus que se manifesta como legisladora e como juíza, pois a noção do dever é a consciência. É ela, portanto, atividade da inteligência que impele a vontade para o bem, e, ao mesmo tempo, a retém diante do mal.


Antes da ação, a consciência adverte a alma e lhe dá ânimo. Depois da ação, tranqüilidade ou perturbação, conforme a ação tenha sido boa ou má. A boa consciência confere alegria interior, bem estar e expulsa as tristezas malignas. Não sem razão o povo consagrou o adágio de que o melhor travesseiro é a consciência tranqüila.
Como uma luz que ilumina e dissipa as trevas interiores, transmitindo alegria de viver, a consciência tranqüila é o reflexo da voz de Deus na alma. É um ósculo de paz no íntimo de nossos corações e que nos transmite a verdadeira paz. Ao contrário, a consciência pesada envenena as alegrias e priva o homem do prazer espiritual.
A consciência pesada, motivada pelos remorsos, chega a se manifestar no olhar, nos gestos e nas atitudes das pessoas, tornando-as ácidas, intolerantes, caprichosas e agitadas. Quando a alma se encontra nesse estado, ela erradamente, à procura de alívio, costuma se lançar aos prazeres da carne, da cobiça e da vaidade.


O homem pode ter consciência delicada ou embotada. Uma acusa as mínimas faltas. A outra, apenas as maiores. A primeira seria como uma balança de precisão de uma ourivesaria, pois revela a mínima poeira sobre um de seus pratos. A consciência embotada se apresenta como a balança romana que para se inclinar precisa de muito peso.
Esta última é o símbolo das pessoas que não levam em conta as Leis de Deus e da Igreja. A elas chamamos de “mundanas”, pois tendo consciências embotadas percebem apenas os pecados mortais manifestos, e que pelo mecanismo das paixões humanas, caminharão inexoravelmente para o relaxamento total à procura de justificar seus erros.
Pela exigüidade de espaço, voltarei oportunamente ao assunto.


Quem nunca ouviu a voz da consciência (II)

Em recente artigo, consideramos a consciência como a voz de Deus que comunica alegria ou tristeza às almas conforme suas ações boas ou más. Avaliamos ainda a consciência delicada e a embotada: a primeira foi comparada a uma balança de alta precisão, enquanto a segunda, a uma balança rústica e viciada.
Vale dizer que para as pessoas de consciência depravada os maiores pecados são permitidos, pois se encontram prenhes de maus hábitos e costumam afirmar que errar é próprio dos homens. Habituadas às quedas, elas se tornam insensíveis à voz da consciência e suas respectivas censuras.
Transpondo a matéria ao campo social, podemos afirmar: se a opinião de um grupo social é sensível ao se manifestar diante de um pequeno alerta, tal grupo será composto de pessoas de consciências delicadas. Caso contrário, ele não passará de uma massa que perdeu a noção de bem e de mal, inata no homem. É aí que viceja uma geração de adúlteros e ladrões.
Através dos meios de comunicação, somos continuamente bombardeados com notícias escandalosas e crimes hediondos semelhantes a um “tsunami de lama”. Se não formos sensíveis a esse contínuo apelo à relativização que nos assola, poderemos ser arrastados por tais avalanches.
Assim como as pessoas que passam a residir à margem de uma rodovia ou ferrovia acabam se habituando ao barulho, igualmente os espíritos de hoje vão se acostumando com toda sorte de perversidade e já não reagem diante de nada, pois não querem se comprometer por medo de represálias.
Torrentes de iniqüidades vão se avolumando ao nosso derredor. A cada instante, sem que nada se lhes oponha, elas ofendem gravemente ao nosso Deus pelos pecados dos ímpios, e, ao mesmo tempo, colocam em risco os próprios justos, ameaçados e perseguidos que são por amor à justiça divina.
Uma minoria de legisladores com determinação e persistência próprias a consciências inescrupulosas vão gerando leis iníquas, enquanto a sociedade vai sendo subvertida e se deixando sucumbir diante da enxurrada de lama do imenso tsunami psicológico revolucionário que parece não conhecer limites.
Medite, leitor, as palavras bradadas há 300 anos por São Luís Maria Grignion de Montfort: “Vossa divina fé é transgredida; vosso Evangelho desprezado; abandonada vossa religião; torrentes de iniqüidade inundam toda a terra e arrastam até os vossos servos; a terra toda está desolada; a impiedade está sobre um trono; vosso santuário é profanado e a abominação entrou até no lugar santo”.
“E assim deixareis tudo ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal como Sodoma e Gomorra? Calar-Vos-ei sempre? Não cumpre que seja feita Vossa vontade assim na terra como no céu, e que a nós venha o Vosso reino?”

Quem nunca ouviu a voz da consciência (II)

Em recente artigo, consideramos a consciência como a voz de Deus que comunica alegria ou tristeza às almas conforme suas ações boas ou más. Avaliamos ainda a consciência delicada e a embotada: a primeira foi comparada a uma balança de alta precisão, enquanto a segunda, a uma balança rústica e viciada.

Vale dizer que para as pessoas de consciência depravada os maiores pecados são permitidos, pois se encontram prenhes de maus hábitos e costumam afirmar que errar é próprio dos homens. Habituadas às quedas, elas se tornam insensíveis à voz da consciência e suas respectivas censuras.

Transpondo a matéria ao campo social, podemos afirmar: se a opinião de um grupo social é sensível ao se manifestar diante de um pequeno alerta, tal grupo será composto de pessoas de consciências delicadas. Caso contrário, ele não passará de uma massa que perdeu a noção de bem e de mal, inata no homem. É então que viceja uma geração de adúlteros e ladrões

Através dos meios de comunicação, somos continuamente bombardeados com notícias escandalosas e crimes hediondos semelhantes a um “tsunami de lama”. Se não formos sensíveis a esse contínuo apelo à relativização que nos assola, poderemos ser arrastados por tais avalanches.

Assim como as pessoas que passam a residir à margem de uma rodovia ou ferrovia acabam se habituando ao barulho, igualmente os espíritos de hoje vão se acostumando com toda sorte de perversidade e já não reagem diante de nada, pois não querem se comprometer por medo de represálias.

Torrentes de iniqüidades vão se avolumando ao nosso derredor. A cada instante, sem que nada se lhes oponha, atualmente os homens ofendem gravemente a Deus e, ao mesmo tempo, colocam em risco os próprios justos, ameaçados e perseguidos que são por amor à justiça divina.

E muitos legisladores, com determinação e persistência próprias a consciências inescrupulosas, vão gerando leis iníquas, enquanto a sociedade vai sendo subvertida e sucumbindo diante da enxurrada de lama do imenso tsunami psicológico revolucionário que parece não conhecer limites.

Medite, leitor, as palavras bradadas há 300 anos pelo grande missionário mariano São Luís Maria Grignion de Montfort: “Vossa divina fé é transgredida; vosso Evangelho desprezado; abandonada vossa Religião; torrentes de iniqüidade inundam toda a Terra e arrastam até os vossos servos; a Terra toda está desolada; a impiedade está sobre um trono; vosso santuário é profanado e a abominação entrou até no lugar santo”.

“E assim deixareis tudo ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal como Sodoma e Gomorra? Calar-Vos-ei sempre? Não cumpre que seja feita Vossa vontade assim na Terra como no Céu, e que a nós venha o Vosso reino?”

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