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domingo, 24 de janeiro de 2010

Sem Maria Santíssima seremos órfãos da ordem sobrenatural



Pe. David Francisquini



Redigi numa série de artigos sobre os erros apontados por Nossa Senhora em Fátima. Com efeito, o tema além de muito extenso dá margem a outras considerações como a eutanásia, a eugenia e a dissolução dos costumes. E não poderia omitir a crise que atinge o próprio clero, sobre a qual fomos advertidos por Paulo VI: “A fumaça de satanás penetrou no recinto sagrado”.

Encaixaria no mesmo panorama a crise no Oriente Médio e toda a avalanche de males que vem soterrando o que ainda resta de Civilização Cristã na face da Terra. Em sua última aparição em Fátima, a Virgem Santa disse quem Ela era, o que veio fazer, o que os homens deveriam realizar para discernir o caminho certo, com vistas ao retorno à Civilização Cristã.

São suas as palavras colhidas pela vidente Lúcia: “Quero te dizer que faça aqui (Cova da Iria) uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continue sempre a rezar o terço todos os dias...”. E mais adiante: “É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. E assumindo um aspecto triste: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”.

Cheia de bondade, a celeste Rainha volta-se para nós, apontando os meios que a Igreja sempre ensinou a seus fiéis: oração, penitência e emenda de vida, ou seja, as alavancas para mudar os rumos dos acontecimentos. Mais especificamente, Ela nos indica a recitação do terço todos os dias. Afinal, foi Ela quem nos ensinou esta oração, através de São Domingos de Gusmão.

O terço representa uma força com eficácia infalível para se conquistar o beneplácito de Deus, porque nos prende Àquela que O trouxe a este mundo, por obra do Espírito Santo. Como Mãe do Verbo Encarnado, Ela tornou-se também nossa mãe. Daí a apreensão d’Ela diante dos males que afligem a Igreja e seus filhos.

Como solução, Ela nos indica as vias sagradas da vida cristã, apresentando, como que num quadro, os três terços que compõem o santo rosário, rezado há séculos pelos fiéis, por tantos santos e recomendado por inúmeros Papas. E sempre aconselhado pela Igreja, especialmente nos momentos cruciais.

O rosário é apresentado aos três pastorinhos numa visão de cores variadas e repletas de luz, que se difundem no interior mais profundo da alma humana, pois é a própria Virgem Santíssima que aconselha: “Meus filhos, sigam este caminho e encontrareis a paz, a harmonia e a concórdia”.

“Maria é o elo que liga Deus aos homens”. Se foi por meio d’Ela que Ele veio a nós, será também através d’Ela que deveremos ir a Ele. Sair desse caminho equivale ao fracasso e à derrota. Ainda mais, sem Maria seremos órfãos da ordem sobrenatural.

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